As bolsas da Europa terminaram o pregão desta segunda-feira (25) em queda. Investidores fugiram do risco de olho na possibilidade de novas restrições para conter o salto de casos da covid-19 em todo o mundo. A cautela ainda reflete compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), a ser publicada na próxima quarta-feira. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,83%, a 405,13 pontos.
O dia foi de aversão a risco no exterior, com o "fator covid-19" novamente pesando nos mercados. Os novos casos da doença, inclusive da nova cepa, e relatos de aperto na quarentena na França e no Reino Unido incentivaram o desconto nos preços dos ativos, principalmente no setor aéreo, comumente impactado pelo noticiário da pandemia. Até porque o presidente americano, Joe Biden, deve anunciar ainda hoje a retomada das proibições de entrada nos Estados Unidos de viajantes de Brasil, Europa e África do Sul.
A espera pela decisão do Fed e o impulso negativo de Nova York também impedem a tomada de risco na Europa. Dúvidas sobre a aprovação do pacote fiscal de Biden nos EUA é outro fator de desconforto entre agentes do mercado.
Na Alemanha, o índice Dax, de Frankfurt, fechou em queda de 1,66%, a 13.643,95 pontos. Por lá, as ações da Lufthansa cederam 3,29%. Ainda na maior economia da zona do euro, o índice Ifo de sentimento das empresas caiu de 92,2 em dezembro (dado revisado hoje, de 92,1 antes informado) a 90,1 em janeiro, corroborando para o noticiário negativo.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres caiu 0,84%, aos 6.638,85 pontos, com a ação da IAG, que controla as aéreas British Airways e Iberia, tombando 7,56%. Já o índice CAC 40, de Paris, recuou 1,57%, a 5.472,36 pontos, com a AirFrance-KLM em baixa de 3,26%.
Entre outros mercados do continente, o índice FTSE MIB, de Milão, caiu 1,60%, a 21.735,95 pontos, acompanhado pelo Ibex 35 (-1,73%, a 7.897,30 pontos), e pelo PSI 20, de Lisboa (-1,55%, a 4.962,44 pontos).