Economia

Bolsas da Europa fecham em queda com preocupações com China e Itália

As bolsas europeias amargaram perdas nesta segunda-feira, 8, em meio a preocupações dos investidores com uma desaceleração da economia chinesa e com o orçamento na Itália.

A Bolsa de Londres fechou em queda de 1,16%, Paris caiu 1,10% e Frankfurt recuou 1,36%. Além disso, a Bolsa de Milão terminou em baixa de 2,43%, Madri retraiu 0,59% e Lisboa desvalorizou 1,55%. Vale destacar também que contribuiu também para a queda acentuada nas bolsas a liquidez reduzida devido ao feriado do Dia do Colombo nos EUA.

O índice de ações blue-chip de Londres fechou em seu nível mais baixo desde 17 de abril, em meio a “preocupações com a China e Itália que levaram os investidores a vender ações”, segundo o analista David Madden, da CMC Markets.

Madden explica que a ação do banco central chinês de reduzir novamente o compulsório bancário – a quarta vez neste ano – é vista como um sinal de fraqueza e os investidores temem que a economia chinesa esteja esfriando rapidamente e necessitando de mais apoio.

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou neste domingo redução em 1 ponto porcentual na taxa de compulsório que a maioria dos bancos comerciais deve manter a partir de 15 de outubro.

Segundo o PBoC, o corte liberará 1,2 trilhão de yuans (US$ 174,72 bilhões) em recursos aos clientes para ajudar pequenas empresas, além de compensar os empréstimos de curto prazo dos bancos.

Além disso, “Pequim e Washington ainda travam uma briga comercial, e o corte no compulsório poderia ser interpretado como uma indicação de que os dois países estão longe de um acordo”, comentou o analista da CMC Markets.

Na Itália, onde a Bolsa de Milão registrou o pior desempenho, os investidores seguem temerosos com o orçamento do país.

No fim de semana, a União Europeia reiterou preocupações sobre os planos orçamentários da Itália, dizendo que está preocupada com os planos de Roma de violar o que pediu ao país no início deste verão. Em resposta, a Itália disse que “não recuaria” de seus atuais planos de gastos, anunciados em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

O projeto de orçamento terá que ser apresentado ao Parlamento italiano até 10 de outubro e ao Parlamento Europeu até 15 de outubro. A proposta orçamentária do governo tem lançado dúvidas sobre a trajetória fiscal do país.Em meio a isso, os bancos no país lideraram as perdas. O Unicredit e o Banco BPM terminaram em queda de 3,56% e 6,47%, respectivamente.

Nesta segunda-feira, o vice-premiê italiano, Matteo Salvini afirmou ser contra “os inimigos da Europa, que são Jean-Claude Juncker e Pierre Moscovici, fechados no forte de Bruxelas”, respectivamente, o presidente da Comissão Europeia e o Comissário Econômico da União Europeia (UE), de acordo com a agência Ansa. (Com informações da Dow Jones)

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