Os mercados acionários da Europa subiram no início do dia, mas o quadro piorou, diante de maior expectativa por aperto monetário nos Estados Unidos. As bolsas do continente pioraram em parte acompanhando o quadro negativo em Nova York nesta segunda-feira, 10.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 1,48%, em 479,04 pontos.
Vários agentes do mercado têm reforçado apostas em alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 2022, muitos deles prevendo que a primeira elevação ocorra em março. O aperto monetário tende a pressionar o mercado acionário, e as praças europeias foram contaminadas pelo mau humor de Nova York nas horas finais do pregão no continente.
Na agenda local, a taxa de desemprego na zona do euro recuou de 7,3% em outubro a 7,2% em novembro, como esperado por analistas. Para o ING, a redução no desemprego abre espaço para uma inflação sustentada mais elevada no médio prazo na região.
O banco holandês acredita que o Banco Central Europeu (BCE) está atento a esse movimento, no momento em que os dirigentes discutem como caminhar para uma gradual normalização na política monetária, após anúncio recente da redução nas compras de bônus. A Pantheon, por sua vez, diz que vê até agora poucos sinais nos dados sobre salários para sugerir que uma espiral de alta nos preços deles seja algo iminente. Para o Morgan Stanley, a primeira alta de juros pelo BCE pode ocorrer em 2023.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,53%, em 7.445,25 pontos. Ações de incorporadoras se saíram mal, mas papéis do setor financeiro tiveram jornada positiva. Barclays, por exemplo, subiu 1,29%.
Em Frankfurt, o índice DAX recuou 1,13%, a 15.768,27 pontos.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 caiu 1,44%, a 7.115,77 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB fechou em baixa de 0,96%, a 27.353,71 pontos.
O índice IBEX 35, da Bolsa de Madri, registrou queda de 0,51%, a 8.706,90 pontos.
Já em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,58%, a 5.567,45 pontos.
*Com informações da Dow Jones Newswires.