Estadão

Bolsas da Europa fecham em queda, com temores por mais aperto monetário por BoE e Fed

Os mercados acionários da Europa fecharam esta sexta-feira, 11, em queda, com Londres particularmente mais fraca diante de expectativas de mais aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) após dados mais fortes que o esperado do Reino Unido. Ainda, as bolsas tiveram pressão adicional após o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA aumentar temores por aperto pelo Federal Reserve (Fed). Ainda, bancos italianos seguiam como foco, em meio a desenvolvimentos sobre um novo imposto sobre lucro.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 1,24%, a 7.524,16 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 1,03%, a 15.832,17 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 1,26%, a 7.340,19 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 1,05%, a 28.274,74 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 teve queda de 0,75%, a 9.430,90 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 0,57%, a 6.046,26 pontos. As cotações são preliminares.

Após o PIB do Reino Unido no segundo trimestre vir mais forte que o esperado, assim como dados da produção industrial em junho, analistas da Capital Economics continuaram a defender mais aperto de juros pelo BoE.

Na visão do CMC Markets, a leitura do PIB do Reino Unido parece ter causado uma fraqueza do mercado acionário, "devido à preocupação de que a força dos dados de hoje (sexta) possa levar o BoE a exagerar quando se trata de apertar ainda mais a política monetária nos próximos meses".

A Capital Economics, por sua vez, destaca que o Reino Unido deverá registrar contração no PIB do terceiro trimestre, mesmo que BoE não aperte a política monetária tanto quanto o previsto atualmente.

Na Itália, a associação bancária teve reunião nesta quinta-feira, 10, para tentar pelo menos reduzir a alíquota de um imposto que previa 40% sobre os "lucros extras" dos bancos para 2023. Ainda sim, havia uma pressão no setor. Em Milão, Sanpaolo fechou em queda de quase 0,3% e UniCredit cedeu mais de 0,8%.

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