Estadão

Bolsas da Europa fecham em queda, em pregão reduzido antes do Natal

As bolsas europeias encerraram em queda o último pregão antes do Natal. A sessão desta sexta-feira, 24, registrou baixa liquidez e contou com apenas alguns dos mercados do continente, que fecharam mais cedo, enquanto as bolsas de Frankfurt, Milão e Madri não operaram por conta da véspera de Natal.

Por volta das 10h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 registrava baixa de 0,10%, aos 482,51 pontos.

Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,02%, aos 7.372,10 pontos. Ações de companhias mineradoras estiveram entre as maiores quedas do dia no mercado acionário britânico, com destaque para Antofagasta (-1,57%), que liderou as perdas, BHP (-1,25%) e Glencore (-0,80%).

No Reino Unido, o foco segue na situação da pandemia de covid-19 e na disseminação local da variante Ômicron do coronavírus. Recentemente, o país bateu a marca de 100 mil infecções registradas em 24 horas. Em seu pronunciamento de Natal, o primeiro-ministro, Boris Johnson, fez novo apelo para que a população a tomarem as doses de reforço das vacinas.

Entre outros mercados da Europa que abriram nesta sexta-feira, o índice CAC 40 da bolsa de Paris fechou em baixa de 0,28%, aos 7.086,58 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,04%, aos 5.511,00 pontos.

O movimento das bolsas europeias nesta sexta-feira contrariou o sentimento por risco em Nova York no pregão da quinta-feira. Nesta sexta, Wall Street mantém suas bolsas fechadas.

O analista Edward Moya, da Oanda, comenta que a noção de que a variante Ômicron tem provocado quadros menos graves de covid-19 sustentou o bom humor dos investidores.

Também esteve no radar de investidores as discussões acerca de uma reforma fiscal na União Europeia (UE). Na quinta, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, se reuniram em pedido para alterar as regras orçamentárias do bloco, com o objetivo de permitir maiores investimentos, reconhecendo, no entanto, que também será necessário reduzir a dívida, segundo relatos da mídia internacional.

Para os primeiros dias de 2022, o mercado deve ficar atento a novas negociações quanto ao acordo entre UE e Reino Unido sobre o Brexit, segundo diz em relatório o Brown Brothers Harriman, destacando falas de uma autoridade francesa que prometeu reuniões com comissários da UE entre 4 e 6 de janeiro para discutir os impasses na indústria de pesca da França e do Reino Unido.

"Embora a questão pareça ter sido resolvida de alguma forma com a emissão de licenças de pesca adicionais para a UE, relatórios sugerem que os pescadores franceses ainda estão esperando que 73 delas sejam entregues pelos britânicos", diz o BBH.

*Com informações de Associated Press

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