As bolsas da Europa fecharam em queda marginal nesta terça-feira, 12, depois de perderem o ímpeto ao longo do dia após a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA e na véspera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em semana em que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também publicam decisões de juros.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,03% a 7.542,77 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda marginal 0,02%, a 16.791,74 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,11%, a 7.543,55 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,28%, a 30.342,15 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,80%, a 10.116,20 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 1,23%, a 6.427,78 pontos. As cotações são preliminares.
A Bolsa de Londres chegou a receber impulso extra após a taxa de desemprego do Reino Unido se manter inalterada em 4,2%, reforçando as apostas de que o BoE pode cortar juros mais cedo do que se espera em 2024, e isso deu tom ao mercado britânico no início da manhã. Danni Hewson, chefe de análise financeira do AJ Bell, avalia que caso os próximos dados de emprego do Reino Unido sigam o padrão atual, o mercado pode receber cortes bem mais precoces do que o imaginado, mas ele destaca que o clima nesta terça ainda foi de cautela.
Hewson avalia que a decisão do Fed de quarta-feira, apesar de manter as taxas inalteradas, pode não agradar os investidores, "que querem ver o Fed em movimento", sinalizando possíveis decisões mais dovish no futuro. Em compasso de espera pela decisão, os índices permaneceram próximos da estabilidade, também após o CPI dos EUA mostrar avanço na inflação de 0,1% ao mês, quando analistas consultados pela FactSet esperavam estabilidade.
O índice FTSE 100 também foi prejudicado pelas ações de empresas de investimento, que caíram após o órgão regulador do país emitir uma notificação sobre taxas cobradas por gestoras. Depois da notícia, os papéis da AJ Bell recuaram 3,47% e os da Hargreaves Lansdown caíram 6,48%. Investidores também monitoraram nesta terça os papéis da AstraZeneca, que subiram 0,65% após a farmacêutica anunciar que vai comprar a Icosavax por mais de US$ 1,1 bilhão.
Enquanto isso, na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas avançou bem mais do que o esperado, subindo a 12,8 em dezembro, enquanto era esperado declínio. O BBH aponta que o avanço vem apesar da atual crise orçamental no país, com o sentimento sendo fortalecido sobretudo pela expectativa de cortes mais precoces pelo BCE, de olho na decisão de quinta-feira.