Bolsas da Europa fecham em queda, pressionadas por crise petróleo e coronavírus

As bolsas da Europa fecharam em forte baixa nesta quarta-feira, 15, em um dia de generalizada aversão ao risco por conta dos temores quanto ao impacto do coronavírus na economia global. O índice Stoxx 600 encerrou com queda de 3,25%, a 323,06 pontos, com o subíndice de petróleo e gás despencando 7,55%, na esteira do contínuo declínio do preço do petróleo.

De manhã, a Agência Internacional de Energia (AIE) informou em relatório que a demanda pela commodity irá cair a um ritmo recorde este ano. As previsões da instituição fizeram o WTI para maio cair abaixo de US$ 20 e o Brent para junho ceder a menos de US$ 30, pressionando os papeis das petroleiras.

Na Bolsa de Londres, o papel da BP perdeu 6,67% e o da Tullow Oil desabou 25,01%, enquanto o índice FTSE 100 caiu 3,34%, a 5.597,69 pontos.

O noticiário sobre o coronavírus segue direcionando o humor do mercado. Na terça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão do finciamento americano à Organização Mundial da Saúde (OMS), acusada por ele de ter errado na resposta à pandemia.

O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lamentou a decisão e afirmou não saber quais programas deverão ser cortados.

Em Paris, o CAC 40 teve baixa de 3,76%, a 43.53,72.

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel anunciou relaxamento de algumas restrições para a próxima segunda-feira, mas informou que a quarentena permanecerá em vigor, pelo menos, até maio. Em Frankfurt, o índice DAX registrou queda de 3,90%, a 10.279,76

Na Itália e na Espanha, epicentros da pandemia na Europa, a cautela também predominou, com o FTSE Mib caindo 4,78%, a 16.719,07 pontos em Milão, e o Ibex 35 cedendo 3,79%, a 6.839,50 pontos em Madrid.

Em Lisboa, o PSI 20 recuou 2,20%, a 4.137,91 pontos.

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