Os mercados acionários europeus fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 2, enquanto ainda repercutem certo otimismo em relação a um possível acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Os ganhos são contidos, no entanto, pela notícia de que os americanos devem impor tarifas adicionais a US$ 4 bilhões em produtos da União Europeia (UE). O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão com ganho de 0,39%, aos 387,20 pontos.
Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que as negociações comerciais com a China já recomeçaram, depois de ficarem paralisadas desde maio. Washington e Pequim firmaram uma trégua da guerra comercial no final da última semana, durante o encontro do G20, no Japão.
Por outro lado, também na segunda-feira os EUA propuseram tarifas adicionais a US$ 4 bilhões em produtos da UE, como parte de um conflito de longa data envolvendo a concessão de subsídios a fabricantes de aviões. A medida foi anunciada na véspera da divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que caiu 0,1% em maio ante abril, mas subiu 1,6% na comparação anual, em linha com a previsão.
Na principal economia do continente – a Alemanha -, as vendas no varejo caíram 0,6% em maio ante abril, segundo pesquisa da Destatis publicada mais cedo. O indicador, no entanto, não teve força o suficiente para deixar a bolsa de Frankfurt no vermelho: por lá, o índice DAX 30 fechou perto da estabilidade, subindo 0,04%, para 12.526,72 pontos. Entre as montadoras, a Volkswagen avançou 0,67% e a BMW, 0,35%.
Ainda no setor de veículos, a Peugeot ganhou 0,51% na bolsa de Paris, onde o índice CAC 40 subiu 0,16%, para 5.576,82 pontos.
A tendência de alta também foi verificada em Londres. O índice FTSE 100 subiu 0,82%, para 7.559,19 pontos. Só a Unilever se fortaleceu 2,19%. A principal notícia econômica do Reino Unido, no entanto, é a queda de 48,6 em maio para 43,1 em junho no índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de construção do Reino Unido, o menor patamar desde abril de 2009.
Em Milão, o índice FTSE MIB fechou em alta de 0,65%, aos 21.392,87 pontos. O governo da Itália cedeu e se comprometeu com um déficit público menor neste ano, de 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, para evitar a aplicação de sanções por parte da Comissão Europeia por não cumprir metas fiscais estabelecidas aos integrantes do bloco econômico.
O índice Ibex 35, da bolsa de Madri, se fortaleceu em 0,18%, para 9.281,50 pontos, enquanto o índice PSI 20, da Lisboa, foi a exceção entre os principais mercados acionários da Europa e encerrou o dia em queda de 0,76%, para 5.149,16 pontos.