Estadão

Bolsas da Europa fecham mistas, com dados da zona do euro e do Reino Unido

Os principais mercados acionários da Europa fecharam mistos nesta quinta-feira, 5, após investidores digerirem a desaceleração acima do esperado da inflação ao produtor da zona do euro. Por outro lado, no Reino Unido, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) subiu abaixo da leitura preliminar.

Em Paris, o CAC 40 caiu 0,22%, a 6.761,50 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 0,11%, a 24.832,70 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,51%, a 8.603,40 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 0,38%, a 14.436,31 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,24%, a 5.881,07 pontos. As cotações são preliminares.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,64%, a 7.633,45 pontos, motivado pela resiliência dos setores de varejo e bancário, segundo análise da CMC Markets.

Entre os drivers desta quinta-feira para o país, está a alta do PMI de serviços e composto do Reino Unido, segundo a S&P Global. O número de serviços, entretanto, ficou abaixo da leitura preliminar e de projeções, permanecendo em território contracionista e aumentando temores de recessão.

De acordo com análise do Brown Brothers Harriman, mesmo com a melhora no indicador, greves ferroviárias, aéreas e de controle de fronteira "praticamente garantem leituras mais fracas do PMI de janeiro", que também é influenciado pelo aperto monetário e fiscal em andamento.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro registrou a terceira desaceleração seguida. Análise do Brown Brothers Harriman indica que o dado aponta para mais desacelerações pela frente, o que deve ser visto com otimismo pelo Banco Central Europeu (BCE) para as próximas decisões de juros.

Na esteira de Wall Street, a atenção do mercado se voltou para dados fortes de vagas de emprego dos Estados Unidos, que puxou as bolsas americanas para baixo, visto que o mercado de trabalho forte pode aumentar os temores de inflação resistente e de aperto monetário mais forte pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Nesta quinta, entre os papéis em destaque, ficaram as ações da Standard Chartered, que saltaram mais de 7% após o banco Abu Dhabi afirmar que considera fazer uma oferta pela aquisição da empresa, que possui sede no Reino Unido, mas foco na Ásia. Já a Next teve alta de mais de 7%, com a previsão de um lucro de 795 milhões de euros (antes de impostos) em 2024.

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