Estadão

Bolsas da Europa fecham mistas, com Londres em alta de 1,80% após desaceleração de inflação

Os mercados acionários da Europa fecharam mistos nesta quarta-feira, 19, com Londres em destaque entre altas, seguindo esperanças de que bancos centrais europeus poderão ser menos rígidos nas decisões monetárias, após desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) na zona do euro e no Reino Unido em junho. Entretanto, temores sobre os efeitos do ciclo de aperto em vigência também influenciaram os negócios nesta sessão.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 1,80%, a 7.588,20 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,10%, a 16.108,93 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,11%, a 7.326,94 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,02%, a 28.712,31 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 cedeu 0,06%, a 9.450,20 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,95%, a 6.111,47 pontos. As cotações são preliminares.

Na visão do ING, o CPI do Reino Unido pode levar o Banco da Inglaterra (BoE) a elevar juros em 25 pontos-base (pb) – apesar do banco holandês não descartar a possibilidade de um aperto mais rígido. A Berenberg indica, por sua vez, que o dado tira parte da pressão das costas do BoE, colocando a "tendência dos preços de volta ao curso das projeções de curto prazo do BC".

Na esteira da desaceleração do CPI, imobiliárias britânicas se destacaram entre as altas no FTSE, com destaque para British Land Company (mais de 9%), seguida da Persimmon e da Land Securities, com alta de cerca de 8%. Na contramão, a Antofagasta fechou em queda de cerca de 1%, após a mineradora reduzir expectativa de produção de cobre. O mesmo ocorreu na Rio Tinto, que cedeu mais de 0,15%, após cortar projeções para várias commodities.

A zona do euro também ganhou impulso com a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) ser menos rígido. Entretanto, na visão da Capital Economics, o dado, assim como outros indicadores econômicos da região, sugere que a zona do euro contraiu novamente no segundo trimestre, diante do impacto do aperto monetário.

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