As bolsas europeias fecharam mistas nesta quarta-feira, com investidores mantendo cautela no aguardo das decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central), que ocorre ainda nesta quarta, e do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), na quinta-feira. Pouco antes do fechamento do pregão, as bolsas também foram empurradas para baixo por dados dos EUA. No radar, ficaram dados do índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro e de índice de gerentes de compras (PMIs) locais.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,14% a 7.761,11 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, em alta de 0,35%, a 15.180,74 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,07%, a 7.077,11 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,39%, a 26.703,87 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,71%, a 9.097,80pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,35%, a 5.907,01 pontos. As cotações são preliminares.
Nesta quarta, a decisão do Fed é o grande driver, segundo análise da CMC Markets. Analistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) esperam uma alta de 25 pontos-base (pb) para o banco central americano e de 50 pb para o BCE e BoE. Além disso, indicadores estiveram no radar, como a desaceleração no CPI da zona do euro além do esperado. Para o ING, a inflação, mesmo vista como "encorajadora", deve ser analisada com cuidado, se referindo à persistência do núcleo inflacionário, dado olhado pelo BCE na decisão de juros.
As bolsas também foram pressionadas por dados dos EUA, que incluem uma baixa maior que a esperada do PMI industrial do país, uma queda inesperada nos investimentos em construção e um aumento na abertura de postos de trabalho.
Em segundo plano, o mercado acompanhou dados do PMI industrial da zona do euro, que ficou no maior nível desde agosto de 2022, e da Alemanha e do Reino Unido, ambos superando a prévia de analistas. Apesar das altas, os três números permaneceram abaixo de 50, indicando contração na atividade. Para a Oxford Economics, os PMIs, somados à taxa de desemprego da zona do euro, que se manteve em 6,6%, colocam uma interrogação no "abrandamento esperado dos mercados de trabalho este ano".
No topo da Bolsa de Londres, a Polymetal teve alta de mais de 7%, se recuperando de perdas recentes. Na outra ponta, a Astrazeneca caiu quase 3%.