Estadão

Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com PMIs e balanços, mas fôlego é contido por BCE

Os mercados acionários da Europa fecharam na maioria com sinal positivo, nesta sexta-feira (21). Investidores monitoraram indicadores e também balanços corporativos. Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) continuou a sinalizar foco no combate à inflação, com perspectiva de mais aperto monetário adiante, o que tende a pressionar as ações.

Na agenda de dados, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro subiu de 53,7 em março a 54,4 na preliminar de abril, na máxima em 11 meses, ante previsão de 54,0 dos analistas ouvidos pelo <i>Wall Street Journal</i>. O PMI composto da Alemanha subiu a 53,9 em abril. Para a Oxford Economics, o quadro na zona do euro é de uma economia "em duas velocidades", com mais impulso mostrado pelo setor de serviços, o que também ocorre na Alemanha. O Commerzbank concorda com a avaliação sobre economia "profundamente dividida" na zona do euro, mas diz que de qualquer modo os números sugerem recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) da região.

No Reino Unido, o PMI composto também atingiu 53,9 em abril, subindo quando analistas previam queda. Ainda no Reino Unido, as vendas no varejo tiveram baixa de 0,9% em março ante fevereiro, quando analistas projetavam queda de 0,6%.

Na política britânica, Dominic Raab, vice-premiê, renunciou hoje ao posto, após uma investigação independente concluir que ele intimidou funcionários públicos. Raab também era ministro da Justiça, cargo igualmente deixado agora. O premiê Rishi Sunak divulgou carta a Sunak, agradecendo-o pelos serviços e aceitando a demissão.

Entre dirigentes do BCE, Olli Rehn defendeu que se mantenha a postura dura contra os juros, evitando relaxamento prematuro com foco na inflação. Já o vice do banco central, Luis de Guindos, previu que a inflação e seu núcleo percam fôlego nos próximos meses, mas também disse que é preciso garantir que se evite eventual novo salto da inflação.

Entre ações em foco, SAP avançou mais de 5% em Frankfurt, após a empresa de software alemã divulgar resultados que superaram a expectativa dos analistas.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,15%, em 7.914,13 pontos com ganho contido pela pressão sobre algumas ações de mineradoras, ante dúvidas sobre a demanda futura. Rio Tinto caiu mais de 5%

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,54%, a 15.881,66 pontos. Na Bolsa de Paris, o CAC 40 subiu 0,51%, a 7.577,00 pontos, terminando na máxima do dia, e em Milão o FTSE MIB subiu 0,43%, a 27.745,81 pontos. Na Bolsa de Madri, o Ibex 35 foi na contramão da maioria e caiu 0,37%, a 9.415,60 pontos, e em Lisboa o PSI 20 subiu 0,65%, a 6.200,17 pontos.

No radar em Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta sexta ao país, para uma visita oficial que inclui foco na agenda de negócios.

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