As bolsas na Europa fecharam na maioria em baixa nesta terça-feira, 25, em uma sessão atenta à publicação de balanços, especialmente de importantes bancos do continente. Os resultados levaram pessimismo ao setor, que teve baixas generalizadas, pressionando os ativos locais. Investidores aguardam ainda a publicação de resultados de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, que começam a ser divulgados após o fim do pregão do período da tarde em Nova York.
Santander e UBS, dois dos maiores bancos da Europa, publicaram balanços. O espanhol Santander lucrou mais do que o esperado no primeiro trimestre, mas também registrou alta nas provisões para perdas com empréstimos, e sua ação caiu 5,65% em Madri. O resultado contribuiu para um recuo de 1,16% no Ibex35, aos 9.297,30 pontos.
Já o suíço UBS, que comprou o Credit Suisse no mês passado, frustrou expectativas de lucro e receita, e seu papel teve queda de 2,17%, em Zurique. Bancos ao redor do continente operaram pressionados, como é o caso do Deutsche Bank, que caiu 3,73%, em Frankfurt. Em Milão, Banco Bpm (-2,69%) e Unicredit (-2,48%) ajudaram a pressionar o FTSE MIB, que caiu 1,03%, aos 27.253,48 pontos.
Por outro lado, o grupo hoteleiro e de alimentação britânico Whitbread agradou com seus últimos números e o anúncio de uma recompra de ações. Em Londres, o papel da empresa saltou 4,25%. Na cidade, o FTSE 100 recuou 0,27%, aos 7.891,13 pontos. Está previsto esta terça ainda balanço de vendas do grupo varejista francês Carrefour. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,56%, aos 7.531,61 pontos. O PSI 20 em Lisboa teve baixa de 0,13%, aos 6.190,67 pontos. Enquanto isso, o DAX contrariou a tendência em Frankfurt, e teve leve alta, de 0,05%, aos 15.872,13 pontos. Neste cenário, o Stoxx 600 caiu 0,37%, aos 467,24 pontos.
A atenção vai se voltar para uma série de balanços dos EUA, principalmente os das chamadas "giant techs".
No fim da tarde desta terça, Alphabet (controladora do Google) e Microsoft divulgam seus informes. A semana também trará resultados financeiros de Amazon, Meta (Facebook) e Intel.
Para Edward Moya, analista da Oanda, no meio da temporada balanços, parece que a perspectiva não é tão ruim e isso deve significar que o Federal Reserve (Fed) pode permanecer em seu curso de aperto com os riscos de uma alta de juros em junho ainda permanecendo sobre a mesa. "Após esta rodada de ganhos e o último relatório de confiança do consumidor, a única coisa com a qual todos podem concordar é que o consumo pessoal será muito mais fraco daqui para frente", projeta.