Estadão

Bolsas da Europa fecham sem sinal único, mas Milão e Frankfurt acumulam altas na semana

As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 28, com os ganhos de Frankfurt em destaque, depois de encerrar a semana em alta de mais de 1,50%, diante do avanço nesta sessão impulsionado pela desaceleração inflacionária na Alemanha. Na contramão, Milão ficou no vermelho hoje, mas somou crescimento de mais de 2% na semana, na esteira de resultados trimestrais positivos de empresas como Intesa Sanpaolo e Stellantis.

Em Londres, o FTSE 100 fechou próximo da estabilidade, em alta de 0,02%, a 7.694,27 pontos, enquanto o CAC 50, em Paris, teve alta de 0,39%, a 7.476,47 pontos, e o FTSE MIB, de Milão, recuou levemente, em 0,15%, a 29.500,20 pontos. Já em Madri, o índice IBEX 35 ficou próximo da estabilidade, a 9.691,90 pontos e o índice DAX, em Frankfurt, subiu 0,44%, a 16.469,75 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 recuou 0,43%, a 6.161,99 pontos. As cotações são preliminares.

Os negócios na Europa sofreram os reflexos da decisão de política monetária do Japão, anunciada nesta madrugada. O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve a taxa de curto prazo para depósitos em -0,1%, mas anunciou que permitiria maior flexibilidade para o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos. Segundo o banco holandês Rabobank, "as ações não pareceram aceitar bem o elemento impulsionado pelo BoJ do movimento de alta nas taxas".

Na zona do euro, o índice de sentimento econômico caiu para 94,5 pontos em julho, mais do que o previsto, com a deterioração da confiança nos setores industrial e de serviços. "Acreditamos que um dos principais canais para a fraqueza contínua na indústria é o aperto da política monetária global, que tem atuado como o principal vento contrário à demanda na zona do euro este ano", afirmou a Oxford Economics, em nota a clientes.

Na França, a Bolsa de Paris fechou em azul, mas foi contida pelos desempenhos negativos da Air France-KLM, que caiu 1,93% depois de publicar seu balanço, e pelo tombo de 10,56% nas ações do Casino, que anunciou acordo preliminar com um consórcio e teve acionistas reagindo ao balanço negativo de ontem.

Nesta sexta, o mercado britânico se voltou ao balanço do banco NatWest, cujos papéis subiram 2,33% depois de anunciar resultados trimestrais com lucro acima da expectativa.

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