Economia

Bolsas da Europa fecham sem sinal único em dia volátil

As bolsas europeias fecharam sem sinal único nesta quinta-feira, 2. Os investidores monitoraram a decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que manteve a política monetária, e também balanços de empresas do continente. Além disso, esteve em análise a decisão da tarde de quarta-feira do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que também não alterou os juros.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,24% (0,87 pontos), em 362,33 pontos.

O BoE manteve a taxa básica de juros na mínima histórica de 0,25%, bem como o volume de seu programa de compra de bônus. Além disso, o BC britânico elevou a previsão do crescimento do Reino Unido nos próximos anos, sem mostrar pressa para elevar os juros em meio à definição do processo de saída do país da União Europeia, o chamado Brexit.

As autoridades disseram que podem tolerar um período de inflação acima da meta para manter a dinâmica econômica enquanto o país deixa o bloco, mas com limites. O presidente do BoE, Mark Carney, não descartou elevação de juros mais adiante.

Na quarta, o BC dos EUA manteve os juros, deixando a porta aberta para uma eventual alta em março ou depois disso, a depender dos sinais econômicos, na avaliação de analistas. Os passos do Fed são acompanhados por todo o mundo, por suas implicações para além dos EUA.

Entre os balanços em foco na Europa nesta quinta, a petroleira Shell divulgou queda de 44% no lucro no quarto trimestre, na comparação anual, mas também forte avanço em seu fluxo de caixa, de 70%. Por outro lado, Deutsche Bank teve prejuízo de 1,9 bilhão de euros no trimestre passado, maior que o esperado, o que pressionou a ação.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou a quinta-feira em alta de 0,47%, em 7.140,75 pontos. Shell A subiu 1,33% e Shell B avançou 1,57%, enquanto a petroleira BP caiu 0,04%. Entre as mineradoras, Anglo American subiu 0,44% e Antofagasta avançou 0,60%. O papel do Lloyds recuou 0,81%.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,27%, para 11.627,95 pontos. Os bancos não se saíram bem, com Deutsche Bank fechando em baixa de 5,21%, após o balanço, e Commerzbank, de 0,94%. Daimler teve baixa de 2,74% e Siemens perdeu 3,18%.

Na Bolsa de Paris, o CAC-40 recuou apenas 0,01%, fechando em 4.794,29 pontos. No setor bancário, BNP Paribas caiu 0,61%, Crédit Agricole teve baixa de 1,46% e Société Générale, de 0,76%. A petroleira Total caiu 0,48%. Por outro lado, o papel da Nokia avançou 5,49%, após divulgar balanço que superou a expectativa.

Em Milão, o índice FTSE-MIB avançou 0,79%, para 18.889,19 pontos. A ação do Intesa Sanpaolo caiu 0,91% e a do Banco BPM recuou 0,15%, entre os bancos, enquanto Eni e Fiat avançaram 0,21% e 0,20%, respectivamente. Telecom Italia subiu 0,69% e Enel teve alta de 0,52%.

Na Bolsa de Madri, o IBEX-35 fechou com ganhos de 0,81%, a 9.406,40 pontos. Santander subiu 1,59% e Banco de Sabadell avançou 1,70%, mas BBVA recuou 0,99%. No setor de energia, Iberdrola avançou 0,98%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 subiu 0,68%, para 4.498,21 pontos. Pharol se destacou e subiu 3,58% e Sonae teve ganho de 1,52%, mas Banco Comercial Português recuou 1,16%. Com informações da Dow Jones Newswires

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