Estadão

Bolsas da Europa operam sem direção única, mas temor de Fed agressivo ainda pesa

As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta quarta-feira, com algumas delas ensaiando recuperação de ontem, quando os últimos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA superaram as expectativas e reforçaram temores sobre o aperto monetário na maior economia do mundo.

Por volta das 7h05 (de Brasília), o índice acionário pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,32%, a 419,79 pontos.

Ontem, as bolsas de Nova York sofreram tombos de até mais de 5%, na maior queda diária desde junho de 2020, após o CPI dos EUA vir acima do esperado, gerando receios de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve juros de forma ainda mais agressiva. A próxima decisão de juros do Fed será no dia 21.

Já no Reino Unido, a taxa anual do CPI desacelerou levemente em agosto, a 9,9%, mas segue muito acima da meta de inflação de 2% do Banco da Inglaterra (BoE), que também definirá seus juros na semana que vem, no dia 22.

Na zona do euro, a produção industrial sofreu uma queda mensal de 2,3% em julho, bem maior do que se previa, num momento em que o bloco lida com uma grave crise de energia e enfraquecimento da demanda.

Nas próximas horas, investidores vão acompanhar comentários do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, e números da inflação ao produtor (PPI) dos EUA. Na semana passada, o BCE aumentou seus juros em 75 pontos-base, em nova tentativa de conter a inflação recorde na zona do euro.

Às 7h21 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,73% e a de Frankfurt recuava 0,32%, enquanto as de Paris e Lisboa tinham leves perdas de 0,08% e 0,09%, respectivamente. Já a de Milão subia 0,81% e a de Madri avançava 0,66%, buscando se recuperar depois de iniciarem os negócios de hoje em baixa.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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