Economia

Bolsas da Europa recuam, com foco na política da Itália e no comércio global

As bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, 18, bas sem sinal único ao longo da semana. Hoje, influiu a cautela com os desdobramentos políticos na Itália e também com as negociações entre Estados Unidos e China na arena comercial.

O índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,28%, em 394,67 pontos.

A bolsa de Milão teve o pior desempenho, com o índice FTSE-MIB em baixa de 1,48%, a 23.449,65 pontos, recuando 2,94% na comparação semanal. Mais cedo, foi divulgada a notícia de que o Movimento 5 Estrelas e a Liga fecharam um programa conjunto para governar. Os partidos prometem reduzir a dívida pública italiana com medidas que impulsionem o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico. Investidores, porém, temem que o resultado seja mais relaxamento nos gastos governamentais e uma piora das contas públicas, em uma administração possivelmente mais distante do restante da zona do euro.

Entre as ações mais negociadas na Itália, Banca Carige ficou estável, mas Intesa Sanpaolo e Telecom Italia caíram 2,45% e 3,41%, respectivamente. No caso da companhia do setor de telecomunicações, influiu um corte na recomendação do papel. Banco BPM recuou 6,36%, enquanto Monte dei Paschi teve baixa de 3,52%, após este despencar quase 9% na sessão anterior, em meio a relatos de que o próximo governo pretende manter o banco sob controle estatal.

As negociações entre os EUA e a China também seguiram no radar. Nesse caso, um insucesso pode ter grandes proporções para o quadro global do comércio, com o risco de tarifas e retaliações. Nesta semana, uma delegação chinesa está em Washington para tratar do tema.

Na agenda de indicadores, a balança comercial da zona do euro teve superávit de 21,2 bilhões de euros em março, em leve alta. As exportações subiram 0,8% ante fevereiro, enquanto as importações cresceram 0,7%. Na Alemanha, a inflação ao produtor de abril ficou em 2%.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 0,12%, em 7.778,79 pontos, mas subiu 0,70% na comparação semanal. Glencore teve baixa de 4,4%, diante da notícia de que pode ser alvo de uma investigação britânica centrada em negócios da mineradora no Congo. Anglo American caiu 1,23%, mas Antofagasta avançou 0,18%. AstraZeneca, por sua vez, caiu 2%, após registrar queda em seu lucro no primeiro trimestre.

Em Frankfurt, o índice DAX teve baixa de 0,28%, a 13.077,72 pontos, embora na semana tenha avançado 0,59%. No setor de energia, E.ON subiu 0,63%, mas entre os bancos Deutsche Bank e Commerzbank perderam 1,94% e 1,77%, respectivamente. Steinhoff teve ganho de 7,72%, enquanto Deutsche Telekom recuou 4,92%.

Na bolsa de Paris, o CAC-40 caiu 0,13%, a 5.614,51 pontos, e na semana avançou 1,31%. A petroleira Total recuou 0,04% e o Société Générale teve baixa de 0,50%, mas a montadora Peugeot subiu 0,19%. Vallourec foi o papel mais negociado, em baixa de 2,43%.

Em Madri, o IBEX-35 teve queda de 1,02%, a 10.112,40 pontos, perdendo 1,55% na semana. Entre os bancos espanhóis, Santander caiu 2,73% hoje e Banco de Sabadell recuou 3,39%, enquanto BBVA perdeu 1,89%. Já Endesa e Iberdrola subiram 0,25% e 0,61%, respectivamente.

Na bolsa de Lisboa, o PSI-20 fechou em queda de 0,66%, em 5.715,42 pontos. Na comparação semanal, porém, a praça lisboeta avançou 1,81%. Hoje, Banco Comercial Português recuou 4,16%, enquanto Galp subiu 0,30%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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