As bolsas europeias fecharam em baixa nesta quinta-feira, 27, bom o setor financeiro pressionado após um balanço do Deutsche Bank. O petróleo em baixa também contribuiu para o mau humor. Além disso, investidores monitoraram os sinais do Banco Central Europeu (BCE), que manteve a política monetária.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,24% (0,94 pontos), em 387,79 pontos.
O BCE manteve sua política monetária, além de reiterar que pode estender os estímulos monetários, caso necessário. A autoridade monetária também reforçou que os juros devem continuar nos níveis atuais ou mesmo abaixo disso “por um período prolongado”, “bem além” do fim de seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou que os riscos atuais são “predominantemente relacionados a fatores globais”, mas também citou fragilidades na zona do euro, como os empréstimos inadimplentes do setor bancário. Draghi ainda previu que a inflação ganhe força em abril.
Na agenda de indicadores, o índice de sentimento econômico da zona do euro subiu a 109,6 em abril, no maior patamar desde agosto de 2007. Na Alemanha, a confiança do consumidor medida pelo instituto GfK avançou de 9,8 em abril a 10,2 em maio.
Investidores ainda reagiram aos sinais dos Estados Unidos, um dia após o governo de Donald Trump apresentar seu proposta de reforma tributária. Investidores queriam mais detalhes na proposta e também mostraram dúvidas sobre quando a iniciativa poderá de fato entrar em vigor, e que termos devem surgir das negociações no Congresso.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 0,71%, em 7.237,17 pontos. O papel do Barclays caiu 0,31%, mas o do Lloyds avançou 2,31%. Entre as mineradoras, Glencore recuou 3,15% e Anglo American cedeu 2,42%. A petroleira BP teve queda de 2,42%.
Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,23%, a 12.443,79 pontos. Deutsche Bank caiu 3,66%, após seu balanço não agradar, e Commerzbank teve baixa de 2,58%. No setor de energia, E.ON caiu 0,50%. Lufthansa, por sua vez, teve queda de 5,95%, após divulgar um balanço com prejuízo líquido no primeiro trimestre.
Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 caiu 0,31%, a 5.271,70 pontos. A petroleira Total teve baixa de 1,17%. Entre os bancos, Crédit Agricole caiu 1,34% e Société Générale recuou 1,62%, enquanto BNP Paribas teve baixa de 1,23%. Já Avanquest se destacou e subiu 2,69%.
Em Milão, o FTSE-MIB teve baixa de 1,15%, para 20.597,34 pontos. Entre os bancos italianos, Intesa Sanpaolo, UniCredit e Banco BPM caíram 2,34%, 3,86% e 2,85%, respectivamente.
Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 recuou 0,74%, a 10.683,90 pontos. Entre as mais negociadas, Banco Popular Español caiu 6,13% e Santander registrou queda de 1,13%, mas Iberdrola teve alta de 1,20% e Mapfre, de 0,09%.
Em Lisboa, o índice PSI-20 teve baixa de 0,26%, para 5.041,96 pontos. Banco Comercial Português caiu 1,27% e Galp recuou 1,90%, enquanto EDP Renováveis subiu 0,14%. (Com informações da Dow Jones Newswires)