Estadão

Bolsas da Europa sobem e Paris e Frankfurt cravam recordes, sem temer surpresa com Fed

As bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira, 19. O clima positivo puxou o índice referencial do mercado de Frankfurt para nova máxima histórica de fechamento. Paris também renovou recorde. Um vetor para revigorar o ânimo comprador veio do índice de expectativas econômicas da Alemanha, que subiu muito acima do esperado em março. O ímpeto desafiou a habitual cautela que limita a movimentação dos investidores antes da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que terminará amanhã.

O DAX, de Frankfurt, teve variação positiva de 0,31%, fechando aos 17.988,13 pontos, em nova marca inédita de fechamento. O CAC 40, de Paris, fechou alta de 0,65%, aos 8.201,05 pontos, renovando o recorde histórico de fechamento. Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou com ganho de 0,20%, aos 7.738,30 pontos.

Na Alemanha, o índice de expectativas econômicas subiu para 31,7 pontos em março, ante 19,9 pontos em fevereiro. AAs expectativas econômicas para a Alemanha estão melhorando significativamente. Ao mesmo tempo, mais de 80% dos ouvidos preveem que o Banco Central Europeu reduzirá as taxas de juro nos próximos seis meses", comentou o presidente da ZEW, Achim Wambach.

Março assistiu a uma rotação significativa dos investidores para ações de mercados emergentes e da zona euro, de acordo com pesquisa entre gestores de fundos do Bank of America. A sondagem revelou a maior rotação para ações da zona euro desde junho de 2020, segundo o BofA.

Em relação ao Fed, é amplamente esperado que os juros sigam inalterados nesta quarta-feira, mas investidores ficarão atentos a novas projeções para a economia dos Estados Unidos. Na quinta-feira, será a vez de o Banco da Inglaterra (BoE) analisar sua taxa de juros básica, que também deve ficar inalterada. Mais cedo, o Banco do Japão (BoJ) decidiu elevar os juros pela primeira vez em 17 anos.

Entre ações individuais, a da Unilever fechou com alta de 3,10% em Londres, após a multinacional anglo-holandesa revelar planos de cindir suas operações de sorvete, em uma reestruturação que pode afetar 7.500 empregos.

Em Paris, as ações da Atos derreteram 19,9% após a companhia de tecnologia francesa informar que as negociações para venda de sua unidade de segurança cibernética para a Airbus terminaram sem um acordo. A empresa adiou pela segunda vez a publicação de seu balanço, enquanto avalia as opções.

Em Madri, o Ibex 35 avançou 1,07%, aos 10.710,00 pontos. O FTSE Mib, de Milão, ganhou 0,95%, aos 34.262,36 pontos.

O mercado de Lisboa foi na contramão e o PSI 20 cedeu 0,78%, a 6.122,82 pontos, com ações do setor de energia sob pressão. A EDP fechou em baixa de 3,68% e Galp, caiu 0,46%. O Goldman Sachs baixou o preço-alvo da EDP, antevendo um fraco crescimento até 2028 prejudicado pela desaceleração do preço dos bens de energia, segundo o Jornal de Negócios. No entanto, o banco manteve a recomendação de compra para as ações.

As cotações são preliminares.

* Com informações da Dow Jones Newswires

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