Os mercados acionários asiáticos fecharam quase todos em baixa nesta quinta-feira, 2, na esteira do recuo das bolsas de Nova York ma quarta, em sessão na qual os negócios foram contaminados por temores de que a inflação e o aperto monetário global segurem o crescimento econômico das principais potências econômicas mundiais. Exceção hoje, os mercados da China terminaram o dia em alta.
O índice acionário Xangai Composto avançou 0,42%, a 3.195,46 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,69%, a 2.026,51 pontos. Em outras praças asiáticas, o Nikkei, de Tóquio, registrou queda de 0,165, aos 27.413,88 pontos, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,00%, aos 21.082,13 pontos, enquanto o Taiex teve baixa de 0,73% em Taiwan, aos 16.552,57 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi também cedeu 1,00%, aos 2.658,99, no dia seguinte a um feriado local que manteve a bolsa fechada.
Também no foco do mercado está a reunião mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que pode decidir aumentar sua cota de produção para julho. De acordo com o analista da City Index Matt Simpson, em comentários à <i>Reuters</i>, um aumento da oferta pode "relaxar parte dos temores inflacionários, mesmo que ainda haja muito mais trabalho a fazer para combater" a alta nos preços.
Único dentre os principais mercados asiáticos a não ser contaminado pelo mau humor em Nova York, as bolsas chinesas subiram em meio ao processo de reabertura da economia local, após meses de lockdown em Xangai, e após a Fitch reafirmar o rating soberano de longo prazo do país em A+ e manter a perspectiva estável. Segundo a agência, "finanças externas robustas, um histórico de desempenho macroeconômico resiliente e o tamanho" da segunda maior economia global puxam a classificação.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,80%, aos 7.175,90 pontos, em linha com o movimento de seus pares asiáticos.