Estadão

Bolsas de Europa fecham em queda, com perspectivas monetárias e queda de petroleiras

As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta terça-feira, 21, em sessão de cautela nos mercados da região, diante da falta de novas sinalizações para corte de juros, enquanto as perspectivas para a política monetária seguem bastante observadas. O dia teve ainda queda de algumas commodities, como o caso do petróleo, o que pressionou parte das ações do setor.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,21%, a 522,79 pontos.

Dados europeus não tiveram grande influência nesta terça nos negócios, embora os preços ao produtor (PPI) da Alemanha tenham caído mais que o esperado em abril e o superávit comercial da zona do euro tenha aumentado de fevereiro para março. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,23%, a 18.726,36 pontos.

"Dada a ausência de grandes nomes da tecnologia no FTSE 100, não é nenhuma grande surpresa que o índice tenha aberto hoje em queda de 0,4%, abaixo da marca de 8.400. Isto ocorre num momento em que os preços do petróleo recuaram face aos ganhos recentes, com o Brent regressando aos US$ 83 por barril, enquanto dois dos vice-presidentes da Fed, Philip Jefferson e Michael Barr, manifestaram preocupações contínuas sobre a direção da inflação nos EUA", avalia Derren Nathan, chefe de pesquisa de ações da Hargreaves Lansdown. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,09%, a 8.416,45 pontos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda que o Banco da Inglaterra (BoE, pela sigla em inglês) corte sua taxa básica de juros em 50 a 75 pontos-base até o fim do ano. Em comunicado sobre a economia do Reino Unido, divulgado nesta terça-feira, o FMI avalia que, após chegar a um ponto de inflexão, o próximo passo do BoE é relaxar sua política monetária. O FMI, porém, ressaltou ser importante que o BoE siga monitorando a evolução dos dados econômicos de perto, em especial números de inflação e do mercado de trabalho, nas próximas semanas. Neste contexto, o Fundo avalia ser "apropriada" a postura do BoE de definir sua política monetária a cada reunião.

Um destaque do dia foram as petroleiras, em dia de queda do barril. Em Paris, a Total caiu 0,90%, pressionando o CAC 40 em sua queda de 0,66%, a 8.141,46 pontos. Em Milão, a Eni caiu 0,49%, em dia de queda do FTSE MIB em 0,64%, a 34.603,61 pontos. A Repsol caiu 0,84% em Madri, onde o Ibex35 recuou 0,02%, a 11.337,00 pontos. Por outro lado, a Galp avançou 2,99% em Lisboa, em dia no qual saiu a notícia de que a empresa poderá abrir suas explorações de hidrocarbonetos na Namíbia, o que impulsionou o PSI 20 em sua alta de 0,04%, a 6.905,51 pontos.

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