As bolsas de Nova York fecharam com ganhos robustos, em mais uma sessão de avanços impulsionados por um menor temor com a variante ômicron do coronavírus. Com indícios de uma menor gravidade das infecções causadas pela mutação, os mercados de risco vêm se recuperando, e há uma maior percepção de que a cepa causará menos danos econômicos do que chegou a ser temido nos dias seguintes ao anúncio de sua descoberta.
O índice Dow Jones subiu 1,40%, a 35.719,43 pontos, o S&P 500 avançou 2,07%, a 4.686,75 pontos, e o Nasdaq saltou 3,03%, para 15.686,92 pontos.
"As ações dos EUA estão rapidamente recuperando seu ritmo, ao passo que as preocupações com a ômicron diminuem, depois de os primeiros dados mostrarem não serem tão graves", aponta Edward Moya, analista da Oanda. "A economia dos Estados Unidos, com a ajuda do aumento dos totais de vacinação, continuará a reabrir à medida que as pessoas aprendam a conviver com a covid-19", sugere o especialista. Outro fator positivo no noticiário da pandemia veio da GlaxoSmithKline, farmacêutica britânica cujo tratamento com anticorpos se mostrou eficaz contra a ômicron, de acordo com estudos pré-clínicos conduzidos pela empresa.
A menor cautela impulsionou os preços do barril de petróleo, o que teve impacto em ações do setor. Occidental Petroleum (+4,29%), Chevron (+1,48%) e ExxonMobil (+1,12%). Outro setor que se beneficiou das melhoras nas perspectivas para a economia foram os bancos, com importantes ganhos, como Wells Fargo (+2,95%) e Goldman Sachs (+2,78%).
Os maiores destaques ficaram com ações de tecnologia, como a Nvidia, que subiu 7,96% após seguidas perdas. As ações da Tesla avançaram 4,24%, em dia marcado pela elevação do valor de compra do UBS do papéis da empresa de US$ 725,00 para US$ 1.000,00. Já a Apple tinha alta de 3,54%, após o Morgan Stanley manter sua análise de que a ação da companhia deve performar melhor que a média do setor.