Os mercados acionários de Nova York tiveram pregão volátil, terminando a terça-feira (10) sem sinal único. Se no início do dia o quadro positivo predominou, com recuperação após baixas fortes recentes, mais adiante houve perda de fôlego, com investidores atentos a declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na véspera da publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,26%, em 32.160,74 pontos, em sua quarta queda consecutiva. O S&P 500 teve alta de 0,25%, em 4.001,05 pontos, e o Nasdaq avançou 0,98%, a 11.737,67 pontos.
Algumas das movimentações das bolsas ocorreram em paralelo a pronunciamentos do Fed. Houve piora em meio a declarações de Loretta Mester (Cleveland), para quem não estão descartadas "para sempre" altas de 75 pontos-base em reuniões futuras. Mester disse não prever que a inflação retorne à meta de 2% neste ano ou mesmo em 2023 e ressaltou a importância de fazer "o que for necessário" para conter a inflação.
Por outro lado, as bolsas retomaram fôlego após o diretor Christopher Waller expressar postura mais "dovish", dizendo que é possível controlar a inflação sem prejudicar o emprego, em quadro de economia forte nos EUA. Waller ressaltou o fato de que o quadro não é o mesmo dos anos 1970, com a economia atual exibindo mais força.
A Oanda comentou em relatório que investidores avaliavam uma série de preocupações, entre elas o enfraquecimento do consumo, problemas nas cadeias de produção que perduram e temores com o crescimento. Na véspera do CPI, analistas em geral previam perda de fôlego no índice. A Pantheon projetava queda no índice cheio e no núcleo, em grande medida graças a efeitos da base de comparação.
Entre ações em foco, Apple subiu 1,61%, Tesla avançou 1,64% e Microsoft, 1,86%, no setor de tecnologia. Já entre os bancos Citi caiu 2,29%, JPMorgan recuou 2,44% e Goldman Sachs, 1,24%. Boeing também teve baixa, de 0,27%, mas GE subiu 0,47%. Twitter caiu 1,46%, no dia em que seu potencial futuro executivo-chefe, Elon Musk, disse que permitiria a volta do ex-presidente Donald Trump à rede social, considerando que foi um erro ele ter sido banido após o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.