Estadão

Bolsas de NY avançam e índices têm recordes históricos

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, 29, e seus principais índices acionários renovaram recordes históricos de fechamento. Balanços de Apple e Amazon decepcionaram investidores e derrubaram os índices acionários, que ganharam fôlego ao longo do pregão à medida que os papéis das companhias reduziram as baixas. Resultados trimestrais de petroleiras americanas e indicadores macroeconômicos nos EUA também ficaram no radar.

O índice Dow Jones avançou 0,25%, aos 35.819,56 pontos, o S&P subiu 0,19%, aos 4.605,38 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,33%, aos 15.498,39 pontos. Na comparação semanal, houve ganhos de 0,40%, 1,33% e 2,71%, respectivamente.

"A temporada de balanços estava correndo bem, até que Apple (-1,81%) e Amazon (-2,15%) surpreenderam" os mercados no fim da tarde de quinta, resume o analista Edward Moya, da Oanda.

Os índices abriram e se mantiveram em baixa durante boa parte do dia, reagindo à queda no lucro do terceiro trimestre da gigante varejista, ante o mesmo período de 2020, além da notícia de que a receita trimestral da fabricante do iPhone foi impactada em US$ 6 bilhões por conta dos problemas na cadeia global.

"Wall Street sabe que, se a Amazon e a Apple estão lutando com problemas de cadeia de suprimentos neste fim de ano, as empresas menores não têm chance", avalia Moya.

Ao longo da sessão, no entanto, os papéis das gigantes do setor de tecnologia passaram a cair menos, tirando pressão sobre os negócios em Wall Street.

Entre balanços divulgados hoje, Chevron e ExxonMobil reportaram resultados que agradaram investidores, e suas ações subiram 1,20% e 0,27%, respectivamente. Segundo Moya, as empresas se beneficiaram da disparada do petróleo nos últimos dois meses.

Ainda na seara de ações específicas que se destacaram hoje, a Pfizer subiu 1,23%, após o Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa dos EUA) autorizar o uso de sua vacina contra a covid-19 para crianças de cinco a 11 anos. Já a Microsoft teve alta de 2,24% hoje, dia em que retomou o posto – antes ocupado pela Apple – de empresa de capital aberto mais valiosa do mundo.

Mais cedo, a alta além do esperado do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) em outubro, e a queda menor que o previsto do índice de sentimento do consumidor americano no mesmo mês, também apoiaram os índices nova-iorquinos.

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