Estadão

Bolsas de NY caem, após ata do Fed e núcleo do CPI sustentarem aposta por aperto do Fed

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira, 12, após a ata do Federal Reserve (Fed) apontam expectativa por recessão e induzir volatilidade nos negócios. Os três principais índices acionários oscilaram entre ganhos e perdas ao longo do dia, depois que a persistência do núcleo de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos corroborou expectativa por mais aperto monetário.

No fechamento, o Dow Jones caiu 0,11%, a 33.646,50 pontos; o S&P 500 perdeu 0,41%, a 4.091,95 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,85%, a 11.929,34 pontos.

Os mercados chegaram a reagir momentaneamente de forma positiva à ata, mas logo sucumbiram às avaliações sobre o quadro econômico, diante de turbulências recentes no setor bancário, que foi visto como foco do documento, segundo avaliações da Oxford Economics. A equipe do Fed passou a prever uma recessão a partir do final do ano, devido às recentes turbulências, seguida de uma recuperação nos dois anos seguintes.

Ainda segundo o documento, alguns dirigentes disseram que avaliaram uma possível alta de 50 pontos-base, embora tenha recuado pela questão dos bancos. Segundo análise da Capital Economics, apesar de ter sido considerada "dovish" pela consultoria, a ata aponta para um crescimento do emprego ainda forte, junto a um núcleo da inflação ainda elevado, o que aumentou as chances de mais uma alta de 25 pontos-base (pb) pelo Fed em maio.

O quadro ampliou as incertezas que já pairavam sobre o mercado em relação a persistência da inflação. Hoje, o CPI dos EUA chegou a aumentar o apetite por risco ao indicar uma desaceleração maior que o esperado pelo mercado, mas analistas seguiram destacando a persistência do núcleo da inflação.

Olhando para as ações, a American Airlines se destacou entre as perdas, fechando em queda de 9,22%, após a empresa divulgar projeções para o lucro da empresa no primeiro trimestre, abaixo do previsto pelo mercado. Já o Walmart cedeu 0,47%, com a notícia de que a empresa fechará quatro lojas em Chicago, nos EUA, após já ter fechado outras unidades no país recentemente.

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