Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, após inflação sem surpresa; Nasdaq bate recorde desde 2021

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o Nasdaq marcando o maior patamar de fechamento desde 2021, diante do frenesi das ações ligadas à inteligência artificial. O clima veio depois que os dados de inflação nos Estados Unidos confirmaram as expectativas. Os indicadores mantiveram a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) deve começar a reduzir os juros no país, provavelmente em junho, um cenário já incorporado aos preços dos ativos. O pregão foi pontuado ainda por indicadores mistos sobre o ritmo da economia americana, enquanto falas de membros do Fed continuaram reforçando a narrativa de prudência.

O Dow Jones Industrial Average subiu 0,12%, a 38.996,39, após três sessões em queda. O S&P 500 e o Nasdaq também avançaram. O S&P 500 teve ganho de 0,52%, aos 5.096,27 pontos e o Nasdaq marcou +0,90%, fechando aos 16.091,92 pontos.

Os índices acumularam ganhos no mês de fevereiro: o Dow Jones teve alta de 2,22%, o S&P 500 de 5,17% e o Nasdaq, de 6,12%.

As ações da Boeing caíram 1,58% na sessão de hoje, em devolução parcial do ganho de mais de 2% do pregão de ontem. A fabricante de aeronaves deve apresentar em 90 dias um plano para corrigir problemas graves de qualidade e segurança de seus aviões, informou a Administração Federal de Aviação (FAA, da sigla em inglês) na quarta-feira.

A Salesforce subiu 3,02%, depois que a fabricante de software empresarial relatou, na quarta-feira, lucros e receitas do quarto trimestre que superaram as estimativas, enquanto a projeção de receita de CRM para o ano fiscal de 2025 ficou abaixo das expectativas. A companhia anunciou seu primeiro dividendo. "A empresa cumpriu seu compromisso de devolver capital aos acionistas, iniciando seu primeiro dividendo, em um valor inicial de US$ 0,40 por ação, além de aumentar seu plano de recompra de ações em US$ 10 bilhões", disse Terry Tillman, analista da Truist Securities, em um relatório. Os lucros da Salesforce aumentaram 36%, para US$ 2,29 por ação em uma base ajustada. Além disso, a receita aumentou 11%, para US$ 9,29 bilhões.

Na esfera macroeconômica, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA avançou 0,3% em janeiro ante dezembro. O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,4% no mesmo período. Ambas as variações vieram em linha com as previsões de analistas consultados pela FactSet. Na comparação anual, o PCE subiu 2,4% em janeiro, perdendo força ante o acréscimo de 2,6% visto em dezembro, enquanto o núcleo avançou 2,8%, desacelerando ante o aumento de 2,9% do mês anterior. Também neste caso, os resultados de janeiro confirmaram as previsões da FactSet. A renda e os gastos com consumo subiram mais do que o esperado. Outros dados mostraram fraqueza, como o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) e as vendas pendentes de imóveis recuaram.

* Com informações da Dow Jones Newswires

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