As bolsas de Nova York fecharam em alta e renovaram recordes de fechamento, embaladas pelos dados de geração de empregos (Payroll) nos Estados Unidos em junho. O avanço foi puxado pelas grandes empresas de tecnologia e poderia ter sido mais pronunciado se não fosse pelas perdas acentuadas dos bancos.
O índice Dow Jones avançou 0,44%, em 34.786,35 pontos, o S&P 500 subiu 0,75%, a 4.352,34 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,81%, a 14.639,33 pontos. Na semana, houve avanço de 1,02%, 1,67% e 1,94, respectivamente.
A geração de 850 mil vagas de trabalho nos EUA em junho superou a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de abertura de 800 mil postos. A Capital Economics estima que o número sinaliza o início da diminuição da escassez de oferta de mão de obra que segura a recuperação plena do mercado de trabalho americano, mas pondera que ainda não está convencida de que esta seja uma tendência firme.
Seguindo a publicação, analistas e o mercado voltarão suas atenções sobre qual será a postura do Fed para a retirada de estímulos, com alguns especulando que o movimento possa ocorrer de forma adiantada, diante do quadro de recuperação.
Com o avanço da reabertura econômica, "muitos investidores ainda acreditam que as ações de setores chamados de crescimento podem continuar em alta", como tecnologia e comunicação, avalia a LPL Markets. Algumas destas empresas estiveram entre as principais altas do dia. Amazon (+2,27%), Apple (+1,96%) Alphabet (+2,30%), que controla a Google, e Microsoft avançaram.
As duas primeiras, tiveram altas apesar da notícia de que serão alvos uma investigação antitruste na Espanha, relacionada a supostas práticas de restrição à competição. Já a IBM sofreu uma forte queda de 4,64%, em sessão que contou com um noticiário agitado para a empresa, incluindo o anúncio da saída de seu presidente e ex-CEO Jim Whitehurst.
Já os bancos, em movimento que também ocorreu com as ações na Europa, tiveram algumas quedas relevantes. Citigroup (-0,83%), Bank of America (-0,94%) e Wells Fargo (-0,75%) recuaram. O setor observou nesta semana as indicações sobre o retorno do pagamento de dividendos e outras flexibilizações após reguladores terem restringindo as atividades em virtude da pandemia. Já as petroleiras acompanharam o barril, que fechou sem sinal único, e ficaram perto da estabilidade. Chevron (-0,13%) e ExxonMobil (-0,14%) tiveram leve queda.
Seguindo o anúncio de uma eficácia promissora de sua vacina contra a covid-19 para as variantes do coronavírus, incluindo a Delta, as ações da Johnson e Johnson tiveram uma alta de 1,82%.