Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, beneficiadas por sentimento de risco após PMI chinês

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 6, em dia marcado por uma tentativa de recuperação em grande parte da sessão. O apoio veio da Ásia, com o índice de gerentes de compras (PMI) composto da China subindo em maio, refletindo relaxamento de restrições contra a covid-19 no país. No entanto, ao longo dia, os índices perderam fôlego e chegaram a operar mistos, enquanto ainda pesam as preocupações com o aperto monetário do Federal Reserve (Fed) na semana da divulgação da inflação ao consumidor norte-americano (CPI) de maio.

No fechamento, o Dow Jones subiu 0,05%, a 32.915,78 pontos, o S&P 500 avançou 0,31%, a 4.121,43 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,40%, a 12.061,37 pontos.

O PMI composto chinês subiu de 37,2 em abril para 42,2 em maio, de acordo com pesquisa divulgada pela S&P Global e a Caixin Media. Mesmo vindo abaixo da marca de 50, que separa a expansão da contração, a leitura refletiu ganho de fôlego tanto na atividade industrial quanto em serviços. O ING prevê que os PMIs chineses devem retomar a marca de 50 em junho e, dessa forma, voltar ao território de expansão.

Mais tarde, os índices perderam fôlego e chegaram a ficar mistos, depois, retomaram fôlego no final da sessão. Enquanto o BC americano se mantém em seu período de silêncio, investidores aguardam pelo CPI de maio dos EUA, que será divulgado na sexta, dia 10. O Citi diz, em relatório enviado a clientes, que ainda vê risco de alta para a inflação. "Autoridades do Fed sinalizaram na semana passada que o ritmo de 50 pontos-base em cada reunião pode continuar além das próximas duas reuniões se a inflação não desacelerar de forma convincente", diz o banco. O Goldman Sachs avalia que o BC americano deve alcançar o "pouso suave" na economia, ou seja, apertar a política monetária sem empurrar os Estados Unidos a um quadro de recessão.

"Nas conversas que estamos tendo com os clientes, não vemos confiança", disse o analista-chefe de mercado da AvaTrade, Naeem Aslam. O rali da manhã, disse ele, foi o chamado "salto de gato morto". "O mercado de ações não está em compra."

Entre os destaques, papéis do Twitter caíram 1,49%, após terem chegado despencar 5%, diante da ameaça do dono da Tesla, Elon Musk, de desistir da compra da empresa. Ações da Amazon, por outro lado, subiram 1,99%. A empresa anunciou um desdobramento de ações de 20 por 1, em março, que agora está sendo implementado. Dessa forma, a partir de hoje, cada ação da Amazon se torna 20 ações. Com informações da Dow Jones Newswires.

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