Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, com índices batendo recordes históricos

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, em que investidores observaram a divulgação de indicadores macroeconômicos nos Estados Unidos, à espera do relatório de empregos – conhecido como payroll – da principal potência global, que sai na sexta-feira. Desta forma, os índices S&P 500 e Nasdaq bateram recordes históricos de fechamento, superando baixas do setor de serviços de comunicação, após ações de reguladores.

O índice Dow Jones avançou 0,37%, aos 35.443,82 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,28%, aos 4.536,95 pontos, e o Nasdaq acumulou ganhos de 0,14%, aos 15.331,18 pontos.

O mercado acionário em Nova York abriu no positivo hoje, repercutindo a queda além do esperado no número de pedidos por auxílio-desemprego nos EUA na semana encerrada em 28 de agosto. O recuo foi de 14 mil em relação aos sete dias anteriores, a 340 mil solicitações, abaixo da estimativa de queda a 345 mil pedidos.

A Pantheon Macroeconomics, no entanto, avalia que o dado não diz nada sobre o ritmo das contratações no país, que é onde as pressões pela disseminação da variante delta do coronavírus estão sendo sentidas, de acordo com a consultoria. "As empresas sempre preferem diminuir o ritmo das novas admissões antes de tomar a medida mais drástica de demitir seus funcionários", diz a casa.

Na quarta, a estimativa elaborada pela ADP apontou para a criação de 374 mil vagas no setor privado americano em agosto, bem abaixo da mediana das estimativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de criação de 750 mil postos de trabalho no mês.

Responsável por uma das menores estimativas para o payroll, o TD Securities prevê geração de 400 mil vagas nos EUA. Segundo o banco de investimentos canadense, isso não seria suficiente para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) recue no seu plano de começar a retirar gradualmente os estímulos monetários em breve, mas provavelmente adiará um anúncio formal da redução dos estímulos para a reunião de novembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Entre ações, a alta de mais de 2% do petróleo no mercado futuro impulsionou ações de companhias do setor de energia, com destaque para Chevron (+2,13%), ExxonMobil (+2,49%) e ConocoPhilips (+3,60%). Já as companhias de serviços de comunicação seguraram os avanços dos índices, diante de ações de reguladores contra algumas das principais empresas deste setor.

O Facebook teve queda de 1,77%, após a Comissão de Proteção de Dados (DPC) da Irlanda aplicar uma multa de 225 milhões de euros ao WhatsApp por não informar aos usuários do aplicativo de mensagens quais de seus dados são compartilhados com a sua companhia controladora.

Já o Roskomnadzor, regulador de comunicações da Rússia, ameaçou multar a Apple e a Google sob a acusação de que as companhias interfeririam nas eleições do país se não removerem de suas lojas online aplicativos criados por apoiadores do opositor russo Alexei Navalny, que está preso. A Alphabet, controladora do Google, fechou em queda de 1,33%, enquanto a Apple, apesar da notícia, ainda sustentou alta de 0,75%.

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