Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, com noticiário pandêmico e indicadores nos EUA

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta, 22, em mais uma sessão atenta ao noticiário pandêmico, e com indícios sobre tratamentos se sobressaindo aos temores pela variante ômicron do coronavírus. Além disso, a publicação de indicadores nos Estados Unidos teve destaque, incluindo a revisão do PIB do país e a confiança do consumidor, ambos apresentando resultados acima do esperado por analistas.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,74%, aos 35753,89 pontos, o S&P 500 subiu 1,02%, aos 4696,56 pontos, e o Nasdaq avançou 1,18%, aos 15521,89 pontos.

Para Edward Moya, analista da Oanda, as ações tiveram impulso com os esforços dos EUA e do Reino Unido para garantir tratamentos para a covid-19. Por sua vez, os volumes de trading continuarão caindo em direção ao feriado neste fim de semana, e o apetite pelo risco terá dificuldade para entregar uma recuperação significativa do mercado de ações, já que a ômicron ainda representa um grande risco para muitos sistemas de saúde. Hoje, a agência reguladora americana equivalente à Anvisa, autorizou o uso emergencial do tratamento oral da Pfizer contra covid-19, e as ações da empresa tiveram alta de 1,02%.

Para Moya, nos EUA é improvável um retorno aos lockdowns observados no início da pandemia, mas o consumidor americano ficará mais fraco, pois muitos americanos não terão os mesmos benefícios se seus empregos fecharem provisoriamente. Hoje, o índice de confiança do consumidor local subiu de 111,9 em novembro para 115,8 em dezembro, acima da previsão de analistas, que projetavam 110,0. Outro dado que superou previsões foi o PIB dos EUA, que registrou crescimento de 2,3% no terceiro trimestre de 2021, acima da leitura anterior de 2,1%.

Seguindo a publicação, a Oxford Economics estimou que o crescimento da economia dos EUA vai desacelerar de 5,7% em 2021 para 4% em 2022. "O fracasso em aprovar o pacote Build Back Better do presidente Joe Biden coloca risco de rebaixamento em nossa projeção para 2022", destaca a consultoria, que também aponta o impacto potencial da ômicron no próximo ano.

Entre os destaques, as ações da Tesla dispararam 7,49%, em dia marcado pelo anúncio do CEO da empresa, Elon Musk, de que vendeu mais papéis e que agora atingiu a meta de 10% da oferta de sua participação.

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