As bolsas de Nova York fecharam a segunda-feira em alta, reagindo à notícia de que uma vacina contra a covid-19 está sendo desenvolvida para ser usada no início do próximo ano. Investidores também responderam com otimismo à informação de que o governo dos Estados Unidos deve manter o lockdown do país até o fim de abril. O fato que poderia ter impactado negativamente os mercados, soo como alívio de que a ciência está orientando as decisões da potência mundial.
O índice Dow Jones fechou em alta de 3,19%, aos 22.327,48 pontos, e o S&P 500 avançou 3,35%, a 2.626,65 pontos. Apesar do tombo dos papéis da Boeing, que se desvalorizaram 6% hoje, ações do setores de saúde ajudaram no movimento de alta. Os papéis da Johnson & Johnson fecharam com ganho de 8%. O Nasdaq, por sua vez, subiu 3,62%, a 7.774,15 pontos. Os papéis da Microsoft subiram 7,03%. Já as ações do Facebook se valorizaram 5,84% depois que a companhia anunciou um acordo comercial com a Plessey para "apoiar o desenvolvimento, design e fabricação de novas tecnologias de exibição para uso potencial em futuros produtos de AR/VR".
A Johnson & Johnson informou nesta segunda-feira que tem feito progressos em uma vacina contra o coronavírus e que o produto pode estar pronto para uso no início de 2021. A companhia disse que os testes em humanos começarão até setembro. A notícia ajudou a acelerar os ganhos que, mais cedo, inverteram a tendência de queda vista no início do pregão em Nova York, com ações do setor de tecnologia também impulsionando as altas.
Para analistas, a mudança de postura do presidente Donald Trump, avaliando como importante manter a quarentena no país até pelo menos 30 de abril, trouxe certo alívio. Para a BK Asset Management, "os investidores pareciam pacificados pelo fato de que, com os cientistas no controle da política, a quarentena do COVID-19 poderia ter um cronograma claro e definível e um plano eficaz de erradicação, em vez de estar sujeito a ondas de infecção que poderiam paralisar a economia por meses".
Já a LPL Financial pontua que investidores assimilam a ajuda econômica de US$ 2,2 trilhões do governo americano, aprovada na sexta-feira, apostando que há mais por vir. Segundo a instituição, "há discussões sobre o Congresso americano trabalhar em um quarto pacote de estímulo".