As bolsas de Nova York abriram sem sinal único, majoritariamente em baixa diante de noticiário negativo na Europa. Ao longo do pregão, porém, os índices ganharam força, depois de indicadores melhores do que o esperado nos Estados Unidos. Além disso, a ação da Apple se destacou, impulsionando o setor de tecnologia, com o Nasdaq e o S&P 500 renovando recordes históricos de fechamento.
O índice Dow Jones terminou em alta de 0,69%, em 27.930,33 pontos, praticamente estável na semana (queda de 0,0025%). O S&P 500 teve ganho de 0,34%, a 3.397,16 pontos, com alta de 0,72% na semana. O Nasdaq avançou 0,42%, a 11.311,80 pontos, com ganho de 2,65% na comparação semanal.
Ações do setor de tecnologia voltaram a se sobressair nesta sexta-feira, com a percepção de que as gigantes do ramo estão bem posicionadas para conseguir bons resultados, enquanto outras empresas sentem mais o choque da covid-19. Hoje, Apple foi o destaque, em alta de 5,15%. Após o fechamento da segunda-feira, o papel será dividido por quatro – ou seja, um detentor de uma ação da empresa passará a ter quatro ações com a partilha. Tesla, que também dividirá suas ações (em cinco, no caso), avançou 2,41% e atingiu valor recorde para esse papel, de US$ 2.049,98 no fechamento.
Dados melhores do que o esperado sobre a economia dos EUA divulgados pela IHS Markit e também um indicador que superou as expectativas de vendas de moradias usadas ajudaram o humor dos investidores. Não houve, porém, euforia geral, com alguns setores em queda nas bolsas, como o de energia, o financeiro e o de serviços de comunicação.
Mesmo que não tenha predominado no foco hoje, investidores têm monitorado o quadro político, à espera da disputa entre o presidente Donald Trump e o ex-vice Joe Biden pela Casa Branca. Em relatório, a Capital Economics considera que, com Trump reeleito, o mercado acionário se sairia "um pouco melhor" nos próximos anos, mas segundo a consultoria a convenção democrata que confirmou Biden na disputa sugere que políticas mais à esquerda que poderiam ameaçar os ganhos do mercado acionário não devem se materializar. Para a Capital, as ações nos EUA devem subir um pouco mais nos próximos anos, independentemente do resultado da disputa política.
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