Bolsas de NY fecham em alta, com retomada em foco

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, em sessão marcada pelo otimismo do mercado com o cenário econômico e por ganho de impulso na reta final dos negócios. Entre os elementos que apoiam o apetite por risco, está uma nova meta do governo dos Estados Unidos para vacinação no país. As ações de petroleiras tiveram alta em meio ao avanço nos preços do barril, observando os desdobramentos do fato de um navio ter encalhado no Canal de Suez.

O setor financeiro também registrou ganhos, após o anúncio de mudanças em regras para os bancos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O cenário levou o S&P 500 a renovar seu recorde de fechamento.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,39%, aos 33.072,88 pontos, o S&P 500 com avanço de 1,66%, aos 3.974,54 pontos, e o Nasdaq subiu 1,24%, aos 13.138,73 pontos. Na semana, houve alta de 1,36%, avanço de 1,57% e queda de 0,58% nos índices, respectivamente.

O novo plano do presidente dos EUA, Joe Biden, ofereceu perspectivas para o apetite por risco. Depois de bater, no último dia 18, a promessa de campanha de 100 milhões de doses muito antes dos 100 dias de mandato, a Casa Branca agora quer 200 milhões de aplicações até o fim de abril. Se alcançada a meta, os EUA terão cerca de 60% da população vacinada no início do segundo trimestre. Com ações atreladas ao noticiário pandêmico, as companhias aéreas, que já haviam tido ganhos na quinta, avançaram outras vez, como American Airlines (0,70%), Delta (+1,38%) e United (+1,39%).

Na quinta, depois do fechamento do mercado, o Fed anunciou que as restrições para pagamentos de dividendos e recompras de ações, impostas em meio à crise da covid-19, terão validade até 30 de junho. Repercutindo nesta sexta nos negócios, o informe embalou ações de bancos em Nova York, como o Bank of America (+2,69%), Citigroup (+1,81%) e Wells Fargo (+1,17%).

Durante a sessão, a alta nos rendimentos dos Treasuries foi observada, especialmente para as ações de tecnologia, que tendem a ficar sob pressão nesse caso. Outro elemento monitorado no setor foram as audiências no Congresso dos EUA envolvendo os CEOs de big techs. Com as notícia de avanços nas tratativas para a aquisição da plataforma Discord, os papéis da Microsoft avançaram 1,78%. Em meio aos anúncios sobre expansão na produção, a Intel teve alta de 4,60%.

Com o petróleo em alta superior a 4% em Londres e Nova York, as ações do setor ganharam impulso. De olho nas potenciais repercussões da crise no tráfego no Canal de Suez, Chevron (+2,29%), ExxonMobil (+2,72%) e ConocoPhilips (+2,74%) avançaram.

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