Os principais indicadores acionários americanos chegaram ao fim do pregão desta terça-feira, 2, em leve alta, em um dia marcado por oscilações estreitas entre leves ganhos e perdas nas bolsas nova-iorquinas. O dia foi marcado por baixo volume de negócios à medida que se aproxima o feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos. O noticiário, contudo, foi marcado por especulações envolvendo questões geopolíticas, que geraram busca por segurança no início da tarde. Além disso, os agentes continuaram a precificar um cenário de maior acomodação monetária, o que deu apoio às compras de ações, com o setor financeiro como exceção.
Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o índice Dow Jones subiu 0,26%, para 26.786,68 pontos, enquanto o S&P 500 encerrou a sessão em alta de 0,29%, com 2.973,01 pontos, em um novo dia de máxima histórica de fechamento e próximo da máxima intraday de 2.977,93 pontos. O Nasdaq eletrônico, por sua vez, avançou 0,22%, para 8.109,09 pontos.
As tensões geopolíticas voltaram a afetar o rumo dos negócios. Ao menos momentaneamente. No início da tarde, os indicadores acionários apresentavam perdas diante de especulações que envolviam, ao mesmo tempo, EUA, União Europeia e Rússia. Enquanto o conselho de segurança da UE havia sido convocado para uma reunião de emergência, o vice-presidente americano, Mike Pence, cancelou sua presença em um evento em New Hampshire e voltou para Washington devido a uma “emergência”. Pouco depois, agências internacionais noticiaram que o presidente russo, Vladimir Putin, havia cancelado sua agência para se reunir com seu gabinete.
Os três fatos ao mesmo tempo chegaram a estressar o ambiente, mas as preocupações duraram pouco e as bolsas apagaram as perdas do início da tarde, mas não exibiram força suficiente para apresentar ganhos expressivos. O marasmo nos mercados foi abandonado nos cinco minutos finais da sessão, quando os índices renovaram sucessivas máximas e terminaram o dia em leve alta.
O cenário de maior acomodação monetária também esteve no radar dos agentes, em meio a comentários mais “dovish” emitidos pelo presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney. Ele se une a uma gama de bancos centrais cujas políticas exibiram uma forte guinada acomodatícia – caso do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu (BCE). Não por acaso, papéis de bancos apresentaram perdas: Goldman Sachs caiu 0,43% e Bank of America cedeu 0,92%.
Para alguns traders, a queda nos rendimentos dos títulos públicos de economias avançadas destaca a atratividade dos mercados de ações, mesmo com os índices acionários americanos negociados próximos das máximas. “Continuo a pensar que, se esperamos retornos menores, as ações são a melhor opção”, disse o gerente de portfólio de ações da T. Rowe Price, Don Peters. / Com informações da Dow Jones Newswires