Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, mesmo com temores sobre economia dos EUA

O mercado acionário de Nova York registrou ganhos, nesta quinta-feira, 23, após mostrar certa volatilidade e chegar a exibir sinal misto em parte do dia. A possibilidade de contração econômica nos Estados Unidos seguia em foco, mas isso também poderia levar a ajustas no aperto da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), ponderam alguns analistas. Nesse quadro, houve espaço para ganhos entre várias ações, com melhora mais para o fim do pregão.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,64%, em 30.677,36 pontos, o S&P 500 avançou 0,95%, a 3.795,73 pontos, e o Nasdaq subiu 1,62%, a 11.232,19 pontos.

Em Washington, o presidente do Fed, Jerome Powell, voltou ao Congresso, hoje em comitê da Câmara dos Representantes, para responder a perguntas dos legisladores. Powell reafirmou o compromisso de conter a inflação nos EUA e considerou ser possível manter o crescimento econômico, embora também não tenha descartado o risco de recessão.

Na agenda de indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA, elaborado pela S&P Global, caiu a 51,2 em junho. Para o Citi, o dado mostrou que pode ocorrer uma "recessão leve" no país. O banco acredita que isso poderia ao menos ser positivo para controlar o quadro na inflação.

Para a Oanda, operadores mostram otimismo de que, mesmo que ocorra uma recessão, ela deve ser "curta". Além disso, ela lembra que o mercado de trabalho segue forte, mas considera "válidas" as preocupações com o crescimento, diante dos números do PMI de hoje.

Nas bolsas, entre os setores do S&P 500 não houve sinal único. Energia esteve entre as quedas, em dia de baixa para o petróleo, e os setores financeiro e industrial também registraram baixas. Já tecnologia, serviços de comunicação e papéis ligados ao consumo subiram.

Um setor também em foco foi o de fabricantes de armas. Smith & Wesson, por exemplo, subiu 9,62%, no dia em que a Suprema Corte americana derrubou uma lei do Estado de Nova York que exigia das pessoas justificativa para andar portando armas. Segundo a imprensa americana, a decisão do principal tribunal do país abre espaço para a queda de normas similares em outros Estados e para mais pessoas circularem com armas.

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