As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 22, ainda repercutindo a publicação da ata de política monetária do Federal Reserve (Fed) e a publicação de indicadores mistos da economia americana. As perspectivas de uma pausa no aperto da autoridade, que inclui ainda expectativa de cortes juros no próximo ano, deram forças aos índices. Além disso, o balanço da Nvidia, publicado após o fechamento do mercado ontem, repercutiu durante a sessão.
No fechamento, o índice Dow Jones avançou 0,53%, a 35.273,03 pontos; o S&P 500 ganhou 0,41%, a 4.556,62 pontos; e o Nasdaq subiu 0,46%, a 14.265,86 pontos.
Para o analista da Oanda Craig Erlam, a do Fed foi, sem dúvida, ligeiramente mais pacífica, com o comitê agora aparentemente considerando que não serão necessários mais aumentos, centrando-se a linguagem na necessidade de proceder com cuidado. "A questão agora é quanto tempo antes do início das conversações sobre redução de taxas", aponta. "Os mercados estão precificando a primeira redução por volta de junho, mas não consigo imaginar que os dirigentes reconheçam essa possibilidade durante algum tempo. A mudança tardia ainda parece altamente provável, uma vez que a Fed procura evitar novamente subestimar a inflação", conclui o analista.
Hoje, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram 24 mil, a 209 mil, conforme o Departamento do Trabalho. O número veio abaixo da estimativa de analistas ouvidos pela FactSet, de 225 mil. Por sua vez, as encomendas de bens duráveis nos EUA baixaram 5,4% em outubro ante setembro. Analistas consultados pela FactSet previam queda menor, de 3,2%. Já os dados de sentimento do consumidor nos EUA apontaram queda e as expectativas de inflação subiram em novembro, de acordo com a Universidade de Michigan.
A Nvidia caiu 2,46%, após alertar em balanço sobre os riscos referentes à China. Por ora, isso está sendo compensado pelo crescimento da demanda nos outros lugares, mas há preocupações de que haverá mais restrições à frente, avalia o chefe de pesquisa de ações da Hargreaves Lansdown, Derren Nathan. Ainda no universo da inteligência artificial, destaque para a volta de Sam Altman ao cargo de CEO da OpenAI, responsável pelo ChatGPT, anunciada na madrugada desta quarta-feira. Depois de terem demitido o executivo máximo do negócio, que iria para a Microsoft (+1,28%), a companhia voltou atrás em meio às pressões de debandada de funcionários da startup americana.