As bolsas de Nova York fecharam em baixa, com pressão dos juros dos Treasuries. Os movimentos ocorreram em função das expectativas por juros mais altos por mais tempo, após decisão monetária do Federal Reserve (Fed), renovadas por dado que mostrou força do mercado de trabalho americano.
O índice Nasdaq caiu 1,07%, aos 34.070,68 pontos, enquanto o Dow Jones recuou 1,64%, aos 4.329,96 pontos, e o S&P 500 baixou 1,82%, aos 13.223,98 pontos.
O número de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos foi menor que o esperado, pressionando os índices futuros das bolsas. O dado reforçou a percepção de que o Fed poderá deixar a política em nível restritivo por mais tempo, como indicaram ontem o presidente da instituição e o gráfico de pontos. Nesse pano de fundo, a ponta longa dos juros dos Treasuries subiu, também pressionando os mercados acionários.
O analista da Oanda Edward Moya disse que os investidores estão preocupados com as taxas de juros, as quais aparentam que "não vão cair tão cedo". "O Fed vê um mercado de trabalho que não está enfraquecendo e os principais impulsionadores da inflação provavelmente ainda manterão os preços elevados", disse ele em relatório. "Os dados sobre pedidos de auxílio-desemprego mostram que as demissões em massa ainda não começaram, o que deve apoiar as tendências de gastos do consumidor."
Assim, todos os setores do S&P 500 fecharam em baixa. Em destaque, a ação da gigante Cisco teve queda de 3,89% após anunciar que vai adquirir a empresa de software Splunk por US$ 28 bilhões, ou US$ 157 por ação. A da Splunk, por sua vez, saltou 20,77%.
Entre big techs, o papel da Amazon cedeu 4,41%, o da Alphabet perdeu 2,47% e o da Meta, 1,31%. Microsoft teve queda de 0,39%, embora tenha chegado a subir durante o pregão, na esteira de notícias de adoção de inteligência artificial (IA) como parte do novo sistema operacional do Windows 11.
O segmento de chips também fechou majoritariamente no vermelho, com destaque para Nvidia (-2,89%). Broadcom recuou 2,67% depois de a imprensa reportar que executivos do Google discutiram amplamente a possibilidade de abandonar a empresa de semicondutores como fornecedora de chips de inteligência artificial (IA) em 2027.