Estadão

Bolsas de NY fecham em baixa, com Ômicron, à espera de CPI e Fed

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, com o mercado ansioso pela publicação, amanhã, do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de novembro, que pode alimentar as expectativas de maior redução de estímulos por parte do Federal Reserve (Fed). Além disso, os temores pela variante Ômicron do coronavírus prosseguem, na medida em que países seguem adotando medidas de restrição de viagens e outros tipos de bloqueios.

O índice Dow Jones fechou estável, aos 35754,69 pontos, o S&P 500 caiu 0,72%, aos 4667,45 pontos, e o Nasdaq baixou 1,71%, aos 15517,37 pontos.

A High Frequency Economics (HFE) acredita que o impulso de crescimento nos EUA permanece, mas o aumento dos casos de covid-19 pode ser um risco negativo. Em sua perspectiva, o CPI do país provavelmente acelerou ainda mais em novembro, sendo impactado por efeitos pandêmicos. Segundo Edward Moya, analista da Oanda, as ações caíram hoje com as "expectativas crescentes de um tapering turbinado, potencialmente mais problemas na cadeia de suprimentos e com a Ômicron atrapalhando a reabertura". Em sua visão, o próximo movimento para os mercados provavelmente virá após o relatório de inflação, "que pode inclinar a balança sobre a rapidez com que o Fed diminui estímulos e quando podemos esperar a primeira alta de taxa".

A American Airlines informou que planeja cortar voos internacionais por causa dos atrasos da Boeing na entrega de novos aviões. A decisão da maior aérea do mundo é o mais recente sinal de consequências mais amplas para os prolongados problemas de produção do Dreamliner da Boeing, que em grande parte a impediram de entregar os populares jatos às companhias por mais de um ano. As ações da American Airlines fecharam em queda de 0,49% e as da Boeing recuaram 1,64%.

As ações de tecnologia também estiveram entre os destaques de queda. A autoridade de concorrência italiana informou, nesta quinta-feira, que impôs uma multa de mais de US$ 1,28 bilhão à Amazon por abuso de domínio do mercado, dizendo que a empresa tem "domínio absoluto" no campo e que prejudicou seus concorrentes. Os papéis da Amazon caíram 1,13%. As ações da Tesla tombaram 6,10%, em uma sessão na qual especialistas buscam compreender o movimento da empresa. Outro destaque foi a Coinbase, que caiu 8,20%, um dia depois do testemunho no Capitólio de CEOs de criptomoedas sobre regulamentações, e com uma queda acima de 6% no bitcoin.

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