Estadão

Bolsas de NY fecham em baixa, com temores por economia global, Treasuries e petróleo

As Bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira, 5, no retorno do feriado, após dados fracos de atividade econômica na China e na Europa levantarem preocupações sobre a economia global. A cautela foi amplificada pela escalada dos juros dos Treasuries e também pelo avanço do petróleo, que apoiou algumas empresas do setor, mas agravou temores sobre inflação.

O índice Dow Jones fechou com baixa de 0,56%, aos 34.642,10 pontos; o S&P 500 perdeu 0,42%, aos 4.496,82 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,08%, aos 14.020,95 pontos.

A queda nos índices de gerentes de compras (PMIs) composto e de serviços da China, da Alemanha, do Reino Unido e da zona do euro ditou o tom de cautela que sobressaiu no pregão.

Outros drivers que pesaram nas bolsas, segundo o analista da Oanda Edward Moya, foram a alta do preço do petróleo – que adiciona riscos inflacionários para a economia global – e o avanço dos juros dos Treasuries – que eleva a atratividade dos títulos públicos americano ante os mercados acionários.

Em Wall Street, figurando entre os maiores ganhadores do Dow Jones, a Intel subiu 0,27% no dia de anúncio de negócio com a israelense Tower Semiconductor para produção de chips em planta nos EUA. A Chevron avançou 1,31% diante da valorização do petróleo, mesmo em meio ao planejamento de greve de trabalhadores da petrolífera na Austrália.

A Airbnb ganhou 7,23% e encabeçou o Nasdaq nesta que foi a primeira sessão após a S&P Dow Jones Indices informar que a empresa passará a ser componente do índice S&P 500 a partir de 18 de setembro.

Já o setor financeiro sofreu pressão, com Goldman Sachs, JPMorgan, Bank of America e Morgan Stanley perdendo mais de 1%. A aérea United Airlines cedeu 2,51%, após interrupção de cerca de 1 hora das suas operações por falha de equipamento.

A Ford (-0,41%) e a General Motors (-0,78%) também caíram, enquanto avançam as negociações do sindicato da categoria United Auto Workers (UAW) por aumentos salariais e melhorias trabalhistas, sob ameaça de greve.

Na contramão, a fabricante de veículos elétricos Tesla subiu 4,69%, após a notícia de que as vendas na China cresceram em agosto .

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