Os mercados acionários de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira, pressionados pela postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), propenso a elevar juros para conter a inflação. Entre os setores, o de tecnologia esteve entre os mais penalizados, mas energia e saúde exibiram sinal positivo. Além disso, sanções contra a Rússia estiveram no radar, em dia também de um dado fraco da economia da China.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,42%, em 34.496,51 pontos, o S&P 500 recuou 0,97%, a 4.481,15 pontos, e o Nasdaq recuou 2,22%, a 13.888,82 pontos.
O quadro já era negativo pela manhã, com expectativa pela ata do Fed e em meio ao noticiário sobre a guerra na Ucrânia. Os EUA anunciaram mais sanções contra a Rússia e o Reino Unido também tomou medidas para pressionar Moscou, mas não há fim breve à vista no conflito. Na China, o índice de gerentes de compras (PMI) composto mostrou forte queda na atividade, diante de um surto local de covid-19 e das medidas de lockdown adotadas para conter o problema.
À tarde, a ata do Fed reforçou o temor dos dirigentes com a força da inflação. O documento apontou que vários deles estavam dispostos a defender uma alta de 50 pontos-base na reunião de março, mas preferiram uma elevação de 25 pontos diante da incerteza no quadro geopolítico. Os dirigentes sinalizam disposição para apertar mais a política monetária, cautelosos com a força da inflação. Vários analistas reforçaram apostas de altas de 50 pontos-base em maio pelo Fed, após a ata.
Entre os setores, o de tecnologia esteve entre as maiores baixas, ao lado de serviços de comunicação. Amazon caiu 3,23%, Microsoft recuou 3,66%, Apple caiu 1,85% e Facebook, 3,58%, enquanto Twitter cedeu 0,41%. Os bancos também recuaram, como Goldman Sachs (-2,38%), JPMorgan (-1,39%) e Citigroup (-2,04%). Entre outras ações importantes, Boeing recuou 2,15% e General Motors teve baixa de 4,64%. Entre as petroleiras, Chevron subiu 0,89% e ExxonMobil teve alta de 1,11%.