As bolsas de Nova York fecharam com ganhos fortes, recuperando-se em parte do tombo do dia anterior. Sinalizações de que o governo dos Estados Unidos pode adotar estímulos à economia para se contrapor ao impacto do coronavírus foram divulgadas à tarde, levando os índices acionários a bater várias máximas nas horas finais do pregão.
O índice Dow Jones fechou em alta de 4,89%, em 25.018,16 pontos, o Nasdaq ganhou 4,95%, a 8.344,25 pontos, e o S&P 500 subiu 4,94%, a 2.882,23 pontos.
O secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmou que há um esforço bipartidário no Congresso para que exista uma resposta econômica ao coronavírus.
Além disso, surgiu a informação de que ele debateu o impacto da doença em conversa com o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e outras autoridades de regulação financeira americanas. Em meio a essas notícias, a União Europeia também se comprometeu com estímulos para a zona do euro, com expectativa de liberação de liquidez.
A Eurasia afirma em relatório ver como "altamente provável" que o Congresso americano apoie estímulo fiscal para combater o impacto da doença. Segundo a consultoria, o apoio em princípio deve ser concentrado nas companhias aéreas e no setor de hotelaria, mas também pode haver corte temporário abrangente em impostos sobre folhas de pagamento. A consultoria adverte, porém, que isso pode não ser suficiente para que os consumidores retomem a confiança.
Já a LPL Research diz que pode ainda haver mais recuos nos mercados acionários, "mas o alívio é bem-vindo após uma segunda-feira tão turbulenta". Nesta terça-feira, a ação da American Airlines subiu 13,08%.
Os bancos também se saíram bem, com JPMorgan em alta de 7,77%, Citigroup de 8,20% e Wells Fargo, de 8,00%. Entre as petroleiras, Chevron subiu 5,34% e ExxonMobil, 3,70%.
O setor de tecnologia também teve jornada forte, com Apple (+7,20%) e Microsoft (+6,84%). No industrial, Boeing chegou a recuar em parte do pregão, mas ganhou impulso na reta final e subiu 1,69%.