Estadão

Bolsas de NY fecham em queda, após piora no fim do pregão

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, 28, após uma deterioração no sentimento de risco no final do pregão apagar os ganhos de mais cedo. A piora em dois indicadores econômicos nos EUA chegou a gerar esperanças de arrefecimento no aperto do Federal Reserve (Fed), mas no fim prevaleceu a avaliação de que as incertezas ainda estão elevadas.

O índice Dow Jones caiu 0,71%, aos 32.656,70 pontos, o S&P 500 perdeu 0,30%, aos 3.970,15 pontos, e o Nasdaq fechou em queda de 0,10%, aos 11.455,54 pontos. No mês, as quedas foram de 4,2%, 2,6% e 1,1%, respectivamente.

No começo do pregão, as bolsas chegaram a ganhar fôlego, após dados fracos dos EUA reforçarem a perspectiva de que o Fed pode não ser tão agressivo no ritmo de altas de juros. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) de Chicago caiu a 43,6 em fevereiro, ante previsão de 45,0. Já o índice de confiança do consumidor do Conference Board recuou de 106,0 em janeiro a 102,9 em fevereiro, ante previsão de 108,5.

Segundo a Wells Fargo, entretanto, o dado de confiança do consumidor indica que os consumidores estão preocupados com o futuro, em meio às altas de juros do Fed. O novo presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, falou hoje que é perigoso confiar demais em reações do mercado para as decisões de política monetária.

No front corporativo, o Goldman Sachs caiu 3,80%, após seu CEO, David Solomon, afirmar que o banco está considerando "alternativas" para seus negócios de plataformas de consumo. Papéis da Merck também perderam 2,87%, depois da empresa relatar falhas em estudos de estágio avançado envolvendo seu medicamento contra o câncer Keytruda. Já as ações da Meta e Snap se destacaram pelas altas de mais de 3,19% e 2,73%, com notícias de que as empresas estão investindo na inteligência artificial.

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