Estadão

Bolsas de NY fecham em queda e caem na semana, de olho em juros dos EUA e guerra

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta sexta-feira, 20, amargando perdas de até 3% no acumulado da semana. A perspectiva de política monetária restritiva por mais tempo nos Estados Unidos, reforçada por falas de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), e as incertezas da guerra no Oriente Médio colaboraram para minar a procura por ações.

O índice Dow Jones recuou 0,86%, aos 33.127,28 pontos, o S&P 500 cedeu 1,26%, aos 4.224,16 pontos e o Nasdaq fechou em queda de 1,53%, aos 12.983,81 pontos. Em relação à sexta-feira passada, as perdas foram de 1,61%, 2,39% e 3,16%, respectivamente.

Os investidores acompanharam na sessão desta sexta-feira uma bateria de falas mais duras de dirigentes.

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou nesta sexta que as taxas de juros podem ainda estar a um aumento de atingir o pico. Além disso, o presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, voltou a alertar que os juros deverão permanecer altos por mais algum tempo. Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, descartou a possibilidade de relaxamento monetário antes de meados de 2024.

Os retornos dos Treasuries em patamares elevados também pressionam os mercados acionários. Apesar disso, a Capital Economics projeta que o S&P 500 poderá ter um rali muito maior nos próximos anos dado o "hype" em torno da inteligência artificial (IA) – mesmo que os rendimentos dos títulos não caiam tanto quanto a consultoria previa.

Em destaque, as ações da American Express cederam 5,38%, mesmo tendo informado lucro líquido e receitas acima das projeções no seu balanço corporativo.

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