Estadão

Bolsas de NY fecham em queda; S&P 500 e Nasdaq têm as maiores perdas semanais desde março

As bolsas de Nova York fecharam o pregão desta sexta-feira, 22, em baixa e tiveram perdas expressivas no acumulado de uma semana que consolidou a narrativa de que alguns dos principais bancos centrais do planeta terão que manter juros elevados por um horizonte de tempo longo.

O índice Dow Jones encerrou o dia em queda de 0,31%, a 33.963,84 pontos. O S&P 500 cedeu 0,23%, a 4.320,06 pontos; e o Nasdaq marcou desvalorização de 0,09%, a 13.211,81 pontos. Na comparação semanal, houve recuo de 1,89%, 2,93% e 3,62%, respectivamente. S&P 500 e Nasdaq tiveram as maiores retrações semanais desde março deste ano.

Entre montadoras, a ação da Ford subiu 1,89%, após a empresa ter sido poupada de um novo esforço da greve do sindicato United Auto Workers (UAW) que atingiu Stellantis (+0,16%) e General Motors (-0,38%). Tesla, por sua vez, recuou 4,17%, após o analista Jeff Chung, do Citi, informar que as vendas na China caíram em setembro.

No plano macroeconômico, investidores se mantêm em alerta quanto ao impacto do cenário de juros na atividade. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA recuou para 50,1 na preliminar de setembro, ainda em território de expansão, segundo informou hoje a S&P Global.

Diante desse cenário, o Federal Reserve (Fed) optou por manter juros na última quarta-feira, mas deixou a porta aberta para um possível novo aperto. Em discurso hoje, a diretora do Fed Michelle Bowman disse que a persistente resiliência defendeu mais aumento de juros à frente, sobretudo se os progressos na inflação estagnarem. Já a presidente da distrital do BC americano em São Francisco, Mary Daly, evitou descartar novas elevações à frente.

No geral, a Oxford Economics entende que o Fed busca solidificar a mensagem de que as taxas ficarão altas por período longo. "Dirigentes consideram que o nível neutro das taxas de juro, pelo menos no curto prazo, é significativamente mais elevado do que antes da pandemia", afirma.

As ações do setor bancário ficaram particularmente penalizadas no pregão de hoje. Goldman Sachs recuou 0,71%, Citi cedeu 1,89%, Morgan Stanley baixou 1,87%.

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