As bolsas de Nova York fecharam mistas nesta quarta-feira, 29, após passarem o dia próximas da estabilidade, e entrando em negativo mais para o fim do pregão, com o S&P 500 sendo puxado para baixo pelo setor de tecnologia e comunicações. A sessão foi marcada por falas mistas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e pela publicação do Livro Bege, que alertou para a desaceleração da economia do país, mas fez com que a ferramenta do CME marcasse aumento nas apostas por corte de juros no ano que vem.
O índice Dow Jones subiu 0,04%, aos 35.430,82 pontos, o S&P 500 cedeu 0,09%, aos 4.550,60 pontos e o Nasdaq fechou em queda de 0,16%, aos 14.258,49 pontos.
Hoje, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA continuaram sua trajetória descendente e também forneceram suporte às bolsas, de acordo com análise da gestora Navellier. Também nesta quarta-feira, a leitura trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA veio bem acima do esperado, o que segundo análise do Citi aponta para uma economia resiliente no país, com um consumidor ainda forte.
Já a divulgação do Livro Bege do Fed, que reúne a expectativa de empresários dos EUA, indicou que a atividade econômica continuou desacelerando no país, enquanto a procura por mão de obra também se abrandou. Após a publicação, a ferramenta do CME Group passou a precificar cortes na taxa dos Fed Funds ainda mais cedo, a partir de março de 2024. A previsão vem em linha também com a opinião do gestor Bill Ackman, que afirmou hoje que as taxas de juros dos EUA devem ser cortadas antes do que o mercado espera.
O mercado monitorou também as falas de dirigentes do Fed hoje. Pela tarde, a presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que este é o momento certo para a autoridade esperar a transmissão dos apertos anteriores antes de decidir os próximos passos. Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, destacou que a queda da inflação deve continuar, mas será um caminho "acidentado" para a meta. Já Tom Barkin, presidente da distrital de Richmond, não destacou um aumento nos juros À frente.
Entre ações em foco, a General Motors subiu 9,38%, após a montadora americana anunciar que deverá destinar US$ 10 bilhões a recompras de ações para o próximo ano, além de prever lucro forte para todo o ano de 2023.