Estadão

Bolsas de NY fecham mistas, em meio a incertezas sobre evolução do crédito nos EUA

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta segunda-feira, à medida que investidores tentam antecipar se a recente turbulência no sistema bancário deflagrará uma crise de crédito nos Estados Unidos.

O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,17%, a 33.618,69 pontos; o S&P 500 subiu 0,05%, a 4.138,12 pontos; e o Nasdaq avançou 0,18%, a 12.256,92 pontos.

A ação do PacWest chegou a disparar cerca de 30%, após o banco regional informar forte corte no dividendo, mas devolveu os ganhos e terminou a sessão em alta de 3,65%. Entre pares, Western Alliance subiu 0,61%, mas Metropolitan Bank caiu 1,47%.

First Horizon, por sua vez, recuou 2,19%. Segundo reportagem do <i>Wall Street Journal</i>, a desistência do acordo para venda do banco ao Toronto-Dominion Bank (TD Bank), na semana passada, resultou da resistência de reguladores americanos de aceitarem a operação, diante de dúvidas sobre as políticas do canadense para lidar com transações suspeitas.

As tensões relativas ao setor bancário suscitaram temores de um acentuado esgotamento do crédito nos EUA. O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta segunda ver sinais iniciais de uma incipiente crise de crédito no país.

Nesta tarde, o relatório trimestral Senior Loan Officer Opinion Survey, do Fed, mostrou que os bancos vêm restringido o crédito em diversas modalidades e projetam um aperto à frente.

Entre outros destaques negativos, a Catalent despencou 25,74%, após a farmacêutica adiar o lançamento do seu terceiro trimestre fiscal. Na esteira, outras companhias do setor também caíram, entre elas Moderna (-2,86%) e Regeneron Pharmaceutical (-1,31%).

Já Occidental Petroleum recuou 2,82%, depois que o megainvestidores Warren Buffett afirmar que sua Berkshire Hathaway não pretende adquirir o controle da petroleira, ainda que tenha ampliado participação.

Apple caiu 0,04%, na esteira de uma emissão de mais de US$ 5 bilhões no mercado de dívida.

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