As bolsas de Nova York fecharam mistas nesta sexta-feira, 21, em dia de agenda esvaziada, à medida que investidores se alinham para a decisão monetária do Federal Reserve (Fed) na próxima quarta-feira. A temporada de balanços também continua a influenciar os negócios.
O índice Dow Jones fechou com avanço marginal de 0,01%, a 35.227,69 pontos; o S&P 500 subiu 0,03%, a 4.536,34 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,22% a 14.032,81 pontos. Na variação semanal, os índices Dow Jones e S&P 500 ganharam 2,08% e 0,69%, respectivamente, enquanto o Nasdaq cedeu 0,57%.
Entre destaques, Disney encerrou em alta de 1,13%, após relatos de que a ESPN – empresa sobre a qual o conglomerado tem participação majoritária – estaria em negociações para parcerias estratégicas com as ligas de basquete (NBA, em inglês) e de futebol americano (NFL, em inglês) nos Estados Unidos. Por outro lado, American Express caiu 3,89%, depois de frustrar expectativa de receita.
Na visão da Oanda, a volatilidade das bolsas de Nova York ocorreu em parte por uma expiração recorde de milhares de contratos de ações índices e ETFs em julho, além do pano de fundo no qual investidores se alinham para uma semana repleta de eventos de risco. Em especial, as atenções se voltam para a decisão monetária do Fed, na próxima quarta-feira, 26.
Outro evento de risco aguarda as bolsas de Nova York antes da abertura do mercado na segunda-feira, 24, com rebalanceamento do índice Nasdaq 100. Apesar disso, empresas conhecidas como referência no setor de tecnologia, como a Meta (-2,73%), estiveram entre as maiores quedas do pregão. A empresa controladora do Facebook divulga resultados corporativos na próxima semana, assim como a Alphabet (+0,69%), controladora do Google.
A pressão de pesos pesados – incluindo o tombo de quase 10% das empresas Tesla (-1,10%) e Netflix (-2,27%) ontem, após divulgação de balanços – contribuiu para as perdas semanais do Nasdaq. Na outra ponta, o índice Dow Jones recebeu suporte dos grandes bancos americanos Goldman Sachs (+0,31%) e JPMorgan (-0,77%) – que ganharam entre 3% a 7,9% na variação semanal – e fechou o seu décimo pregão seguido de ganhos.
Também em foco, o principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro em Nova York, o EWZ, subiu 2,17%, refletindo o apetite por risco no País, onde o Ibovespa apresenta ganhos praticamente generalizados com apoio de bancos, diante do programa Desenrola.