As bolsas de Nova York fecharam na maioria em alta nesta sexta-feira, 29. Em uma sessão majoritariamente negativa, com expectativa por uma entrevista coletiva anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, sobre a China, houve alívio na reta final após a fala do líder, diante da avaliação entre investidores de que poderiam ter surgido medidas mais duras dos Estados Unidos contra Pequim.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,07%, em 25.383,11 pontos, o Nasdaq avançou 1,29%, a 9.489,87 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 0,48%, a 3.044,31 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones subiu 3,75%, o Nasdaq avançou 1,77% e o S&P 500 subiu 3,01%.
O dia foi marcado pela espera das declarações de Trump, em novo momento de turbulência com a China. No meio da tarde, Trump disse que iniciaria o processo para retirar o status especial conferido a Hong Kong, afirmando que a China, ao buscar impor uma nova lei de segurança na região, acabar com o status de "Um país, dois sistemas" e acusando Pequim também de interferir na Organização Mundial de Saúde (OMS) na pandemia do coronavírus – ele ainda anunciou a retirada dos EUA da OMS. Trump disse que havia instruído um grupo de trabalho presidencial para mercados financeiros a avaliar as práticas das empresas chinesas listadas em solo americano, dizendo que buscava "proteger investidores".
A percepção dos próprios investidores hoje, porém, foi de que poderia ser pior. Trump não alterou, por exemplo, a fase 1 do acordo comercial bilateral, já fechada. Após a fala dele, que não respondeu a questões da imprensa, o mercado acionário melhorou, com os três índices chegando a subir, mas depois o Dow Jones voltou a perder fôlego.
Entre algumas ações importantes, Boeing caiu 2,65%, Caterpillar recuou 0,51% e, entre os bancos, Citigroup teve baixa de 2,54%, Bank of America de 2,98% e Goldman Sachs, de 1,74%. Ford Motor fechou em baixa de 2,39%. Já entre ações de tecnologia e serviços de comunicação o quadro foi mais positivo, com altas de Alphabet (+1,08%), Amazon (+1,72%), Intel (+1,99%) e Microsoft (+1,02%), embora Apple (-0,10%) e Facebook (-0,16%) tenham caído. Alvo de críticas recentes de Trump por colocar um alerta de veracidade em mensagens do presidente nos últimos dias, Twitter fechou em queda de 1,99%.