Estadão

Bolsas de NY fecham sem sinal único, com tombo da Nvidia pesando no Nasdaq e Fed no radar

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, com o Nasdaq novamente penalizado pela queda da Nvidia, que nesta segunda-feira, 24, amargou queda acima de 6%, pesando em outras companhias do setor de chips. Por outro lado, bancos avançaram, assim como petroleiras, que subiram acompanhando o barril no mercado internacional. O dia não contou com indicadores relevantes, mas dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fizeram declarações que foram acompanhadas por investidores.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,67%, aos 39.411,21 pontos; o S&P 500 recuou 0,31% aos 5.447,87 pontos; e o Nasdaq teve queda de 1,09%, aos 17.496,82 pontos.

A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, comentou nesta segunda que a trajetória da inflação dos EUA não oferece confiança para o banco central sobre uma tendência "sustentável" de queda dos preços. "Inflação ainda está bem elevada", observou. "Fizemos muito progresso, mas ainda há trabalho a fazer para alcançar meta de 2%", disse ainda. A S&P Global corrobora a visão e avalia que o avanço para conter a inflação no país "tem sido relativamente lento."

A agência espera um ritmo mais lento no corte de juros, com um total de 125 pontos-base até o fim de 2025, quando antes, em março, previa redução de 200 pontos-base no mesmo período.

Entre as ações, os bancos avançaram após reportagem da <i>Bloomberg</i> revelar que o Fed e outros reguladores estudam afrouxar os termos da proposta de reforma nas exigências de capital para o sistema bancário. Goldman Sachs avançou 2,65%, JPMorgan ganhou 1,31% e Citi subiu 2,35%. Em outro setor de destaque, Chevron (+2,60%) e ExxonMobil (+2,97%) avançaram.

Já a Nvidia caiu 6,68%, após forte a ascensão da empresa – e os grandes ganhos obtidos por ações como Dell, Super Micro e Broadcom, que também são vistas como facilitadoras da IA – gerarem comparações inevitáveis com a bolha pontocom que estourou há quase um quarto de século, o que vem sendo ponderado pro analistas.

Já as ações da Boeing subiram 1,44%, após a fabricante de aeronaves rival Airbus cortar as projeções para entrega de jatos e lucro este ano. A revisão reflete desafios na cadeia de produção, de acordo com a empresa.

Ainda nesta segunda, a União Europeia acusou a Apple de descumprir a nova lei de concorrência digital do bloco, com a alegação de que a loja de aplicativos do fabricante do iPhone, a App Store, não permite que desenvolvedores direcionem clientes para canais alternativos de ofertas e conteúdo. Por sua vez, as ações da gigante de tecnologia subiram 0,31%.

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