Os mercados acionários de Nova York fecharam sem sinal único, nesta segunda-feira, 27. O dia foi de menor cautela sobre o setor bancário, após o First Citizens Bank adquirir partes do Silicon Valley Bank (SVB), e também em meio a relatos de que pode haver mais apoio oficial ao setor, caso preciso. O impulso das bolsas, porém, foi limitado, com o Nasdaq sob pressão em jornada negativa para os setores de serviços de comunicação e tecnologia.
O Dow Jones fechou em alta de 0,60%, em 32.432,08 pontos, o S&P 500 avançou 0,16%, a 3.977,53 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,47%, a 11.768,84 pontos, pressionado pelo setor de tecnologia.
As bolsas de Nova York vinham de uma semana anterior positiva, mesmo em meio às turbulências com o setor bancário. Nesta segunda-feira, a notícia do negócio do First Citizens Bank apoiou em geral a tomada de risco. A <i>Bloomberg</i> ainda reportou que os EUA consideram aumentar o apoio aos bancos, o que pode dar apoio ao First Republic Bank para reforçar seu balanço. A ação do First Citizens fechou em alta de 53,74%, enquanto a do First Republic teve ganho de 11,97%.
Entre bancos importantes, Citigroup subiu 3,87%, JPMorgan teve ganho de 2,87% e Bank of America, de 4,97%. Na divisão de setores da S&P, os setores de energia e financeiro tiveram a maior alta, de 2,1% e 1,4%, respectivamente. Sobre o Nasdaq, pesaram as ações de tecnologia como Alphabet (-2,83%), Meta (-1,54%), Microsoft (-1,49%) e Apple (-1,23%).
Para o analista-chefe da CMC Markets, Michael Hewson, o movimento desta segunda configura um "rali de alívio". Hewson projeta que a semana não deve ter os mesmos níveis de volatilidade da anterior.
Já o BMO Capital questiona até quando o otimismo do mercado deve durar, observando que o SVB não seria o único a precisar de suporte. O banco avalia que as próximas semanas serão essenciais para que autoridades e órgãos reguladores assegurem a estabilidade do setor financeiro, a partir de medidas para garantir a confiança e calma no setor bancário global.
Nesta segunda, vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, e o chairman da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), Martin Gruenberg, divulgaram seus discursos preparados para testemunhar no Senado americano sobre as falências do SVB e Signature Bank. Ambas as autoridades ressaltaram a solidez do sistema bancário dos EUA e reforçaram compromisso para garantir a resiliência desta sistema, impedindo o contágio em razão das recentes turbulências no setor.
<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>